Dentre constantes delírios, surpreendi-me a passear por Hollywood, Califórnia, Estados Unidos. Meus trajes? Eu diria algo ... desconcertante. Imaginai: calça marrom, camisa cor de rosa e paletó branco. Enfim, parecia envolto numa embalagem de sorvete napolitano. E lá estava, esse que vos escreve, a vagar pela Hollywood Boulevard. Sim, Calçada da Fama. De início um incômodo: a fama atribuída a atores e atrizes deveu-se por conta de seus personagens. A dita calçada, então, deveria ter pegadas de personagens. E como seriam os pés dos personagens? Diferentes dos pés dos astros que lhes deram vida? Abandonei, então, a especulação podo-filosófica, para recordar alguns personagens.
Não, não gostaria de encontra-me com
Judy Barton, ocasionalmente conhecida como Madeleine Elster, personagens de
Alfred Hitchcock em “Um corpo que cai”. Nada obstante, seria gratificante
cruzar com Ilza Lund, levando-a a fazer uma escolhe entre mim e Rick Blaine,
personagem de Humphrey Bogart. Quem sabe o próprio Sam, na verdade o pianista
Dooley Wilson, a tocar “As time goes by” como fundo musical? Detestaria
deparar-me com a Mulher-Gato; ela foi feita para o Batmam ... ou para o Robin;
sei lá. E com muita saudade lembrei-me de Dorothy e seu Totó em busca do Mágico
de Oz. Afinal, em dias de hoje o que mais encontramos são espantalhos sem
cérebro, homens sem coração e leões covardes.
Não, não! Só me faltava essa: fiquei
frente a frente com Sarah Connor. E sabeis vós o que ela me disse? “Hasta la
vista, baby!”