De repente, muito mais que de repente, melhor dizer repentinamente, deparamo-nos com o tudo. Se bem que um tudo a pressagiar o nada. São calores, incêndios, queimadas, nevascas, tremores, torpes inundações, ondas gigantes, vendavais, temporais, enxurradas. O que mais? Doenças a retornar, outras inéditas a se manifestar; novas definições, observações, deliberações. Crises de ansiedade, angústia, depressão, violência, a banalização do mal, o suicídio. Drogas as mais variadas a coonestar, tumores então não mais escondidos; não valores a serem esculpidos, difundidos, ideologizados. A nesciedade, a insciência vem nos assolar. E tem lugar o imogerado.
Cuidai-vos! Mares, rios e lagos em cor
avermelhada; eclipses rotineiros. Alerta para o dia da noite no dia! O
impossível passou a nos conduzir; nem mesmo “trancos e barrancos” possibilitará
qualquer viver. Se colocado em tela tal cenário, a coisa estaria para além do
surrealismo, do abstrato; seria algo dissentâneo, talvez híbrido, prepóstero...
E lá estava eu a tentar expressar o vulgacho, o atascadouro. A tela? Qual nada!
Nem mesmo as blandícias da espátula e/ou pincel poderiam evitar o formidoloso. Se
bem que, em dado momento o clangor, seguido de um tonitruar, permitiu-me observar
o refulgir da honra, da adoração. Enfim, o nume a nos guiar.