Sabemos
que o mundo ocidental tem como sustentáculo de sua civilização três pilares: a
filosofia grega, o direito romano e a moral religiosa judaico-cristã. A
filosofia grega seria a base para o conhecimento e para a ciência; o direito
romano revelar-se-ia como fundamento à formação e solidez dos estados; a moral
religiosa judaico-cristã, por sua vez, viria fornecer valores, harmonizando e
servindo como supedâneo a toda e qualquer relação social.
Contudo,
e longe de aqui propor inusitada teoria conspiratória, asseguro-vos que uma
Nova Ordem Mundial tem como desiderato agredir, desacreditar, banalizar e
extinguir estes pilares. Evidentemente que a referida ameaça não é algo que
tenha surgido de hora para outra; é um processo que se arrasta desde o
Iluminismo; é algo protocolar, que vem cumprindo etapas com bastante
regularidade.
A
Filosofia grega viu-se de início aviltada pelo positivismo de Comte. Dez anos
depois um novo desafio teve lugar com o evolucionismo de Darwin. Herbert Spencer,
lançando mão do legado de John Stuart Mill, retrabalhou o empirismo, o
utilitarismo e liberalismo. Toda esta gama de informações e teorias forjou o
inimigo maior da humanidade: Karl Marx. A filosofia perverteu-se, pois deixou
de trabalhar ideias para elaborar ideologias. A filosofia foi atropelada pelo
Círculo de Viena, pois este pleiteava fazer da filosofia uma ciência exata. A
Escola de Frankfurt tentou associar Marx e a psicanálise de Sigmund Freud.
Depois vieram os existencialistas ateus e a coisa degringolou de vez. O que
temos hoje são temáticas sociais fastidiosas, trabalhadas por seguidores de
Marx, que apelam em demasia para o emocional, até porque primam em vitimizar
seus atores sociais.
E
o direito romano? Bem, o direito romano não seguiu destino muito diferente.
Inclusive, nos dias atuais, dificilmente encontra-se um curso de Direito que
ofereça a citada disciplina, até porque já não há professores capazes de
ministrá-la. A desculpa é que o latim é língua morta, como se o direito romano
fosse refém do latim, se bem que os brocardos latinos mostram-se de suma
importância para a assimilação de alguns conceitos. Do Corpus Jure Civilis nada
ou pouca coisa restou. O Digesto presta-se apenas como saudosa referência nas
conversas informais. O direito natural caiu em descrédito. Diz-se que da escola histórica de Savigny
ficou apenas o evidenciar de uma insegurança jurídica. Os pandectistas alemãs
tentaram resgatar o direito romano, mas tornaram-se vítimas da mordacidade.
Então surgiram os positivistas: Hans Kelsen e sua Teoria Pura inspirada em
Immanuel kant. Nesta teoria, pelo menos, as leis ainda eram aplicadas, pois
pautavam-se em juízos hipotéticos: se A acontece, então B é aplicado. Em
seguida, no entanto, tiveram início os rudimentos de um certo messianismo
jurídico, pois surge a teoria egológica do direito de autoria do argentino
Carlos Cóssio. Esta tem como base juízos disjuntivos, ou seja, se acontece A, B
poderá ou não ser aplicado, dependendo das condições sociais do infrator. E
para finalizar, deparamo-nos com a Teoria Tridimensional do Direito, onde o
fato é tratado pela sociologia, o valor pela filosofia e a norma pelo direito.
Acontece que o magistrado, com base nessa sociologia chinfrim disseminada nos
cursos superiores, ou melhor dizendo, em um repugnante sociologismo, faz uso de
uma hermenêutica trôpega e espúria, eivada de interesses politiqueiros, haja
vista nosso brilhante STF.
Quanto
à moral religiosa judaico-cristã, pode-se atestar que vem sendo agredida por
todos os meios e de maneira covarde. O que temos hodiernamente é a
relativização de tudo: relativizou-se o certo e o errado, o justo e o injusto,
o correto e o incorreto, o normal e o anormal, a moralidade e a imoralidade;
relativizaram-se as relações, sejam elas sociais, profissionais, familiares;
relativizou-se e, destarte, banalizou-se o amor, o companheirismo, a amizade, e
até mesmo o sexo. Pautado em discurso pseudo científico, a “casta” que diz ser
mais intelectualizada, não só coloca em cheque, mas ridiculariza qualquer
abordagem de cunho religioso. Pretende-se afastar toda e qualquer orientação
religiosa das escolas à guisa de que nossa Constituição declara o Estado Brasileiro
como laico. Para melhor fundamentar meus argumentos, devo recordar que as igrejas,
de um modo geral, e independente da orientação, quando se colocam contra os
interesses da “casta” liberal de esquerda sofrem fortes retaliações. Quando a
igreja colocou-se contra a liberação do uso de preservativos, os “paladinos” se
fizeram de ofendidos; a igreja buscava apenas coibir a banalização do ato
sexual. Quando, nos dias de hoje, a igreja mostra-se contrária ao aborto, outra
vez é ridicularizada. O que os “gênios” liberais não conseguem, ou não querem
entender, é que toda liberdade implica responsabilidade. Se há uma liberdade
explícita para o sexo, a gravidez seria uma das consequências naturais. Então
quando a gravidez for indesejada, apela-se para o aborto? Os valores, com isso,
foram dizimados. O discurso das feministas é “meu corpo, minhas regras”. Só
que, no aborto, a mulher não apenas agride o próprio corpo, ela ceifa uma vida
ligada temporariamente a seu corpo, mas uma vida independente. Estamos diante
do assassinato como recurso para livrar a responsabilidade dos que vivem de
modo dissoluto.
Tanto
o comunismo quanto o liberalismo ateu trabalham em conjunto. Nossas escolas e
universidades têm como prática lecionar e implementar o marxismo cultural, uma
doutrinação, na verdade. O ódio é incutido através da propaganda onde se
insuflam as lutas de classes, as diferenças raciais, e os preconceitos às
minorias. Com isso cria-se uma geração revolucionária, parasitária, pois
trata-se de uma geração de idiotas com bastante utilidade. A doutrinação do
ódio serve também como instrumento de subversão ideológica, uma espécie de
lavagem cerebral, método reconhecido pela psicologia para estabelecer bloqueio
cognitivo. A mídia desempenha importante papel, pois mostra-se como agente de
desinformação ou de má formação, na verdade, uma eficaz ferramenta de
alienação. As instituições que primam por esse modelo (partidos políticos,
imprensa, mídia, classe artística, etc.) exercem um ferrenho patrulhamento
ideológico, inclusive não poupando recursos no sentido de perseguir seus
opositores. A destruição da família torna-se imprescindível, e a defesa de tal
propósito pauta-se meramente num preito à irracionalidade, pois que tudo
manifesta ampla subversão ideológica. A criação e a exigência
institucionalizada do politicamente correto vem dar a impressão de uma falsa
igualdade a favor das minorias. Contudo, sabemos que é mero recurso sofístico,
algo hipócrita e extremamente cínico, para melhor manipular as minorias que se
dizem hostilizadas. Os constantes ataques à religião e à moral cristã, como
expus acima, faz-se via livros, filmes, peças de teatro, exposições ditas
artísticas, seriados, telenovelas, etc.
E
vós, então, perguntais: Por que? Qual o objetivo de tal empreendimento? A
finalidade é a desmoralização do mundo ocidental, criar caos social, originar
crises institucionais das mais variadas formas, proporcionando meios para uma
revolução de grande porte, e, ipso facto, um golpe. O processo anticivilizador
prima pelo retorno ao estado de barbaria, pelo recrudescimento intelectual e
moral, pelo atraso/retrocesso industrial, incapacitando o ser humano para uma
convivência civil, pois que tais seres, com o passar do tempo olvidariam
qualquer resquício de cortesia, polidez, honorabilidade, dignidade; enfim,
qualquer laivo de humanidade.