Respeitar-vos-ei se quiserdes entender o relato a seguir como mais uma teoria da conspiração. Todavia, fontes não oficiais aliadas ao bom senso conduziram-me nesta empreitada. Vamos a ela! Perguntamo-nos por que centenas de pessoas acampadas durante tantos meses em frente ao quartel-general em Brasília resolveram, de uma hora para outra, invadirem e destruírem os prédios do governo. É bom frisar que durante o tempo decorrido no referido acampamento, jamais se observou quaisquer atitudes de agressão, desrespeito e/ou baderna. Mas chegou o 8 de janeiro e então...
Permitamo-nos, contudo, observar
detalhes que a velha imprensa omite: Um ou dois dias antes (6 ou 7 de janeiro) do
acontecido, autoridades, ligadas aos militares, aconselharam ao grupo de
acampados que desistissem do movimento, pois nada adiantaria, haja vista as
decisões tomadas e o governo já em transição. Então o grupo começou a
dissolver-se. Mas o governo recém eleito e seus pares não gostaram da
pretendida dissolução, até porque algumas “medidas” (???) já haviam sido
tomadas. Coincidentemente, o presídio da Papuda fizera recente licitação e acabara
de receber 1000 colchões dias antes do dia 8 de janeiro. De repente, os
acampamentos que estavam em fase de desconstrução experimentaram o recebimento
de novos “apoiadores”, que incitavam maior empenho e uma “visita” aos prédios
dos três poderes. E a visita teve lugar. Os novos “patriotas”, além de camisas
em verde e amarelo, usavam máscaras ao estilo Black Blocs; outros usavam
máscaras contra gases e luvas de proteção. Fato curioso é que militares semi
fardados (sem identidade ou posto) participaram do quebra-quebra. E a polícia
chegou ostentando truculência, a usar balas de borracha e gás de efeito moral.
Os militares presentes nos palácios aconselhavam aos manifestantes a não saírem
das dependências, pois que ali estariam seguros. Bem, mas a polícia reconheceu
e capturou apenas os manifestantes que NÃO (o grifo é meu) usavam máscaras. Prendeu crianças e
pessoas de idade avançada; cidadãos que sequer estiveram nas dependências dos
palácios foram também encarceradas. Dias
antes, em 12 de dezembro, dia da antecipada posse do atual presidente - quando
prenderam o índio Serere Xavante - estavam presentes os tardios “patriotas” do
acampamento, só que desta feita sem o uso de máscaras. Eles foram reconhecidos
pelos verdadeiros manifestantes (os poucos que se livraram da milícia do STF).
Fazia-se mister a abertura de uma CPMI
para averiguar os estranhos eventos ocorridos no 8 de janeiro, mas o governo, a
princípio o principal interessado em apurar os fatos, declarou-se totalmente
contra a criação da referida Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Por que
seria? Mistérios! Em face da enorme pressão exercida pelos representantes de
oposição, a esquerda deu-se por vencida. Contudo, arrumou um “jeitinho” para
que a presidência e a relatoria da CPMI ficasse a cargo de seus paus-mandados,
a ensejar assim, um teatro mambembe.
A propósito: os saltimbancos de
esquerda, na verdade uma trupe de mercenários, também carregam partes dos seus
cenários, figurinos e maquiagens às costas; recebem inescrupuloso financiamento,
são especializados em disseminar o pânico e têm como marca o vandalismo.