quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Abelhas




Contrário à minha vontade, percebo que, de modo geral, tudo no mundo hodierno revela agressividade. A evidência não está só nos esportes, mas também nas artes, nas manifestações, nas relações cotidianas, etc. E, apesar de terem sido colocadas na condição de vítimas, as mulheres não se comportam de modo diferente. Grande parte das mulheres, graças a um torpe discurso ideológico, abriram mão de sua feminilidade, incorporando pensamento e atitudes feministas. Ora, o feminismo é nada mais que um processo de masculinização. O atual vestuário feminino, quando não demasiado sensual, o que em si já é agressivo, aproxima-se em muito do guarda-roupa masculino. Os atavios em demasia são agressivos, as cores dos cabelos, as tatuagens, o linguajar, as atitudes são igualmente agressivas. Parece-me, salvo melhor juízo, que o feminismo tenta criar um “novo macho”. E esse “novo macho” vê no homem (hétero) não um parceiro, mas um rival. O feminismo radicalizado entende que o gesto cavalheiresco é uma forma de machismo, pois colocaria a mulher em posição inferior, mostrando-a como subserviente e/ou dependente.

 As leis vêm dar suporte a mais uma faceta do feminismo. O que é o feminicídio? Agravante para quem agride uma mulher. E as mulheres agressoras? Parece-me que mais uma vez nossa Constituição Cidadã foi posta de lado, pois os direitos são iguais. Se não me falha a memória, isso percute e tem apoio em Cláusula Pétrea. Mas será que as mulheres não agridem? E as agressões entre casais homossexuais femininos? Por certo ficareis pasmos ao tomar conhecimento da quantidade de casos em que os homens são agredidos por mulheres. Todavia, estejai certos de que não concordo com qualquer tipo de violência; seja ela contra homem, mulher, criança, animal. Aliás, não aquiesço a violência de qualquer natureza. E não aceito a tese que coloca o brasileiro como o povo mais violento do mundo. Não! Todos os seres humanos são violentos. A diferença está na ductibilidade de nossas leis e, destarte, na certeza da impunidade. As leis, em se tratando do feminismo, buscam a famosa igualdade. Mas o que é isso? Falamos de igualdade ou de igual tratamento? As leis tem por finalidade estabelecer a convivência pacífica entre as diferenças e não eliminá-las.

Bem, e as consequências? Homem acusado de agressão ou assédio tem tratamento diferenciado pelas autoridades competentes. Por diferenciado entenda-se ausência de algumas prerrogativas: tipo presunção de inocência, devido processo legal, etc. E as mulheres, em que são responsabilizadas? Nada! Isto porque os homens estão demonizados, estigmatizados. E o estigma prega: “Homem não presta!” Mas a coisa não para por aí. Meu primo Dario ampliou um pouco o universo dos descalabros a que está sujeita a existência masculina: se um homem responder a agressão cometida por um menor - dezesseis ou dezessete anos - ele estará em maus lençóis; se um homem mostrar-se incomodado por cantada ou assédio de homossexual, longe de testemunhas confiáveis, ele estará encrencado. E eu acrescento: se um homem for assediado ao receber proposta de alguma mulher - isso é muito mais comum do que vós imaginais - e não concordar com o proposto, arranjará, segundo minha mãe, sarna para se coçar.  

Gente, está cada vez mais difícil ser homem. Mas eu não poderia terminar este breve libelo sem vos revelar certa recordação que de muito se me invade. Há mais de quarenta anos um colega de trabalho, em ímpar momento de surto visionário, proferiu: “Caminhamos a passos largos para uma sociedade de abelhas; seremos escolhidos, caçados, usados e assassinados.”

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