Contrário
à minha vontade, percebo que, de modo geral, tudo no mundo hodierno revela
agressividade. A evidência não está só nos esportes, mas também nas artes, nas
manifestações, nas relações cotidianas, etc. E, apesar de terem sido colocadas
na condição de vítimas, as mulheres não se comportam de modo diferente. Grande
parte das mulheres, graças a um torpe discurso ideológico, abriram mão de sua
feminilidade, incorporando pensamento e atitudes feministas. Ora, o feminismo é
nada mais que um processo de masculinização. O atual vestuário feminino, quando
não demasiado sensual, o que em si já é agressivo, aproxima-se em muito do
guarda-roupa masculino. Os atavios em demasia são agressivos, as cores dos
cabelos, as tatuagens, o linguajar, as atitudes são igualmente agressivas.
Parece-me, salvo melhor juízo, que o feminismo tenta criar um “novo macho”. E
esse “novo macho” vê no homem (hétero) não um parceiro, mas um rival. O
feminismo radicalizado entende que o gesto cavalheiresco é uma forma de
machismo, pois colocaria a mulher em posição inferior, mostrando-a como subserviente
e/ou dependente.
As leis vêm dar suporte a mais uma faceta do
feminismo. O que é o feminicídio? Agravante para quem agride uma mulher. E as
mulheres agressoras? Parece-me que mais uma vez nossa Constituição Cidadã foi
posta de lado, pois os direitos são iguais. Se não me falha a memória, isso
percute e tem apoio em Cláusula Pétrea. Mas será que as mulheres não agridem? E
as agressões entre casais homossexuais femininos? Por certo ficareis pasmos ao
tomar conhecimento da quantidade de casos em que os homens são agredidos por
mulheres. Todavia, estejai certos de que não concordo com qualquer tipo de
violência; seja ela contra homem, mulher, criança, animal. Aliás, não aquiesço a
violência de qualquer natureza. E não aceito a tese que coloca o brasileiro
como o povo mais violento do mundo. Não! Todos os seres humanos são violentos.
A diferença está na ductibilidade de nossas leis e, destarte, na certeza da
impunidade. As leis, em se tratando do feminismo, buscam a famosa igualdade.
Mas o que é isso? Falamos de igualdade ou de igual tratamento? As leis tem por
finalidade estabelecer a convivência pacífica entre as diferenças e não
eliminá-las.
Bem,
e as consequências? Homem acusado de agressão ou assédio tem tratamento
diferenciado pelas autoridades competentes. Por diferenciado entenda-se
ausência de algumas prerrogativas: tipo presunção de inocência, devido processo
legal, etc. E as mulheres, em que são responsabilizadas? Nada! Isto porque os homens
estão demonizados, estigmatizados. E o estigma prega: “Homem não presta!” Mas a
coisa não para por aí. Meu primo Dario ampliou um pouco o universo dos
descalabros a que está sujeita a existência masculina: se um homem responder a
agressão cometida por um menor - dezesseis ou dezessete anos - ele estará em
maus lençóis; se um homem mostrar-se incomodado por cantada ou assédio de
homossexual, longe de testemunhas confiáveis, ele estará encrencado. E eu
acrescento: se um homem for assediado ao receber proposta de alguma mulher -
isso é muito mais comum do que vós imaginais - e não concordar com o proposto,
arranjará, segundo minha mãe, sarna para se coçar.
Gente,
está cada vez mais difícil ser homem. Mas eu não poderia terminar este breve libelo
sem vos revelar certa recordação que de muito se me invade. Há mais de quarenta
anos um colega de trabalho, em ímpar momento de surto visionário, proferiu:
“Caminhamos a passos largos para uma sociedade de abelhas; seremos escolhidos,
caçados, usados e assassinados.”
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