A sedutora sempre se diz seduzida: esse o sofisma praticamente imposto por mulheres, sociedade, mídia, judiciário, redes sociais, ideologias de esquerda, etc. Mas Sérgio Sá, compositor da canção “Eu me Rendo”, de 1981, sucesso de Fábio Júnior, já nos revela um pouco deste artifício escabroso. Permiti-me, portanto, reproduzir partes da poesia e tecer alguns comentários (entre parêntesis) de somenos importância.
“Aonde
foi parar aquela menina, (de fato, fazer-se menina é parte do ardil)
Que
me cantava quase toda noite,
Jogando
ao vento, palavras, olhares,
Sorrisos
e pernas. (Creio que muitos já passaram por situações semelhantes)
Telefonemas de duplo
sentido,
Que me deixaram de calo
no ouvido, (Seria exagero?)
Daquele jeito assim de
respirar
A fim de me afogar de
paixão e desejo.
Fiz o possível pra não
dar bandeira,
Até pensei que não era
comigo, (Se fugir ela inverte o jogo e demoniza a caça)
Mas você foi mais e
mais se chegando
E apertando o cerco.
(Por vezes, a sedução é apenas um meio para alcançar um fim espúrio)
Usando todas as armas
Que sabe usar uma
mulher,
Quando quer. (Porque
quando não quer, o homem não tem como se aproximar)
Pois então vem,
completa agora seu feitiço,
Vem, não faz essa cara
de quem não tem nada como isso.
Vem, para como esse
papo ‘De que o que é que eu fiz?’ (O cinismo também é protocolar)
Faça o que quiser, eu
me entrego, (parece não haver saída)
Mas me faça feliz”. (Pobre
do Daniel Alves e tantos outros)
PS: Uma pergunta: O
relatado na canção não seria assédio?
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