segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Sedução e sofisma

 

A sedutora sempre se diz seduzida: esse o sofisma praticamente imposto por mulheres, sociedade, mídia, judiciário, redes sociais, ideologias de esquerda, etc. Mas Sérgio Sá, compositor da canção “Eu me Rendo”, de 1981, sucesso de Fábio Júnior, já nos revela um pouco deste artifício escabroso. Permiti-me, portanto, reproduzir partes da poesia e tecer alguns comentários (entre parêntesis) de somenos importância.

 

“Aonde foi parar aquela menina, (de fato, fazer-se menina é parte do ardil)

Que me cantava quase toda noite,

Jogando ao vento, palavras, olhares,

Sorrisos e pernas. (Creio que muitos já passaram por situações semelhantes)

 

Telefonemas de duplo sentido,

Que me deixaram de calo no ouvido, (Seria exagero?)

Daquele jeito assim de respirar

A fim de me afogar de paixão e desejo.

 

Fiz o possível pra não dar bandeira,

Até pensei que não era comigo, (Se fugir ela inverte o jogo e demoniza a caça)

Mas você foi mais e mais se chegando

E apertando o cerco. (Por vezes, a sedução é apenas um meio para alcançar um fim espúrio)

 

Usando todas as armas

Que sabe usar uma mulher,

Quando quer. (Porque quando não quer, o homem não tem como se aproximar)

 

Pois então vem, completa agora seu feitiço,

Vem, não faz essa cara de quem não tem nada como isso.

Vem, para como esse papo ‘De que o que é que eu fiz?’ (O cinismo também é protocolar)

 

Faça o que quiser, eu me entrego, (parece não haver saída)

Mas me faça feliz”. (Pobre do Daniel Alves e tantos outros)

 

 

PS: Uma pergunta: O relatado na canção não seria assédio?

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