Um dia qualquer, talvez data de importância abstrata... e eu quis viajar. Para onde? Determinado lugar, algo distante; diziam-no paradisíaco. Recordei-me da amiga que morava próximo a meu intentado destino. Alguma bagagem e a viagem teve início. Então se passaram dois dias ou mais; não sei ao certo. Primeira parada: casa da amiga. Que coisa esquisita! Ela me pareceu alheia, irreconhecível, uma estranha. Onde o carinho, a atenção, a empatia? Abracei-a, mas foi tudo desconfortável. Optei por despedir-me. Assim o fiz e parti em busca do dito paraíso. Qual nada! Lugar desconfortável com poucos casebres; pessoas amargas, desconfiadas, agressivamente fleumáticas. Evadi-me. E lá deixei muito de mim, além do casaco e da pouca bagagem.
Vida é isso, ou bem mais do que isso:
nem caverna platônica, Matrix ou a vaidade de vaidades salomônica. Viver é
colecionar mentiras!
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