Estava eu em Tegucigalpa, Honduras, a realizar algo próximo de uma pesquisa histórica; dir-se-ia uma viagem Cult. Quase 19:00 horas, 7 da noite, portanto, conduzido pelo apetite, adentrei Malportado, um restaurante local a servir comidas latino-americanas. Já refestelado na cadeira do estabelecimento, pude ouvir a notícia divulgada pela TV local: a CIA divulgara os nomes dos maiores grupos a abrigarem bandidos e terroristas em todo o mundo. Pasmai! Dentre o Hamas, o Estado Islâmico, a Al-Qaeda, o Boko Haram, o Talibã, o Hezbollah, estava o Fórum de São Paulo, o grupo que reúne partidos de esquerda, sindicalistas e declara-se anti-imperialista. Contudo, sabemos que o objetivo final é criar a URSAL, ou seja, a União das Repúblicas Socialistas da América Latina.
A decepção, adicionada à revolta em
presenciar mais uma vez o nome de minha pátria envolvida em escândalos escabrosos,
fez cessar de imediato qualquer resquício de fome; o apetite evadira-se. Lamentável,
pois as pessoas que se autodeclaram de esquerda, jamais conheceram ou
vivenciaram qualquer experiência em países governados pela esquerda. A
ignorância, a desinformação reelaborada pela falácia manipuladora cria a expectativa
de conquista, estimula a ganância e molda um ambiente propício à egolatria
desenfreada. O apedeutismo é explorado e mesmo assim sente-se grato. Eu
arriscaria estabelecer um elo com a Síndrome de Estocolmo, onde a vítima
desenvolve sentimentos pelo agressor, com ele identificando-se emocionalmente.
Eu ruminava pensamentos e palavras
enquanto sorvia margaritas. Meu olhar errava pelo recinto. E neste vaguear
deparei-me com um conhecido personagem: Raymond Reddington! Sim, inegavelmente
era ele, pois até Dembe Zuma estava a seu lado. Atenção: eu não falei em James Spader,
mas simplesmente em Reddington. Eu o encarei, ele sorriu, abandonou a mesa e
veio sentar-se a meu lado. Disse ter percebido meu mal-estar. Enquanto libávamos
outras margaritas eu desabafei. Dembe nos vigiava de longe. Reddington esboçou
seu pior sorriso; algo misto de lamento e deboche. Passados alguns segundos
anunciou-me algo ainda bem pior: disse-me ele que em sua Black List acrescentara nosso STF, nossa Corte Constitucional.
Ergui-me, cambaleei até a porta do
restaurante e inalei o ar que momentaneamente faltava-me. Reddington ainda
sorria zombeteiro quando tornei a sentar-me. Estalou os lábios depois do gole
de margarita e pôs-se a tudo relatar. O Supremo Tribunal Federal assumira de
vez a postura expansiva e proativa. O povo brasileiro experimentava, então, o ativismo
judicial. Na verdade, o judiciário carregava a pretensão de governar o país sem
receber um voto sequer. Ora bolas, isto além de anticonstitucional é
antidemocrático. Não pude rebater tais declarações, pois sabia de antemão que o
judiciário invadira a esfera do executivo quando retirou do presidente atribuições
a ele garantidas pela Constituição Federal; que exigiu do legislativo abertura
de CPI, bem como a instauração de um processo de impeachment. Nosso Corte Constitucional,
de fato, brinca de polícia, pois investiga, dá voz de prisão, condena e outras cositas más. É bom destacar que o artigo
142 da Constituição pode ser aplicado quando há essa invasão de competência entre
os poderes.
Não obstante, o que mais me chocou na
revelação foi que, além do ativismo judicial, pautado na ideologia de esquerda,
haja vista o empenho em descriminalizar as drogas, aprovar o aborto, suprimir
relações familiares e perseguir religiões, o STF está envolvido em tentativa de
assassinato, pois o atentado à faca ao então candidato à presidência, passados
3 anos, ainda não foi explicado. A polícia federal oculta muita coisa, pois
enxerga o povo brasileiro como imbecil. O acusado ainda não foi posto em
liberdade pelo STF, porque não cabe habeas corpus em casos de sentença a ser
cumprida em manicômio judiciário.
O telefone tocou, Reddington atendeu:
tratava-se de algum problema com Elizabeth Keen. Minha fonte e seu acompanhante
despediram-se e deixaram-me entregue às lucubrações. Vós não podeis imaginar o
quanto eu gostaria de isentar, pelo menos, um ministro de nossa Corte Suprema,
mas fica difícil fazê-lo. Todavia, dentre eles, o que mais me decepciona é o atual
Presidente da Corte. O senhor Luiz Fux não só agride a nação brasileira e a
ciência jurídica, ele desmoraliza o judaísmo enquanto instituição, ele vilipendia
o povo judeu, ele desdenha do povo escolhido de Deus.
Data muitíssima vênia, tomo a
liberdade de citar a Vossa Excelência um alerta que deveria orientar as ações
de todo e qualquer magistrado: “Ai dos
que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão, para negarem
justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim
de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!” Isaías 10: 1 e 2
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