O texto a seguir poderia ter por
título Sugestão. Todavia, independentemente de designação, e até por prudência,
dou início ao mesmo a solicitar vênia, haja vista a temática abordada. Pois bem,
vamos a ela. É manifesto o alcance do movimento em prol da libertação da
mulher. Entendo-o como recente por tratar-se de algo em torno de 50 anos
(talvez um pouco mais), afinal, o Women’s
Liberation Front teve início no final dos anos sessentas. O movimento
valeu-se de algumas bases como ponto de partida que, com o correr dos anos,
apresentaram como resultado natural a melhor e maior inserção da mulher no
mercado de trabalho, a criação de leis objetivando sua proteção, a coibição da
violência, a divulgação mais abrangente do universo feminino, etc.
A título de advertência, comunico-vos,
entretanto, de que não há espaço aqui para discussão acerca das vindicações
colocadas pelo movimento feminista, a oportunizar críticas e/ou defesas de suas
membras. Outrossim, esclareço ainda - assim entendo -que questões pontuais como
aborto, inserção social, discriminação por gênero, o Nordic Model como meio de combate à prostituição, etc. devem ser unicamente
da alçada feminina.
Nada obstante, percebo um certo vício;
talvez a cultura hegemônica masculina assimilada de forma desapercebida. As
mulheres falam em libertação, liberação, ou seja, algo que implica liberdade,
mas continuam a seguir os modelos de liberdade criados e disseminados pela
sociedade machista. Por que as mulheres não buscam desenvolver o próprio
conceito de liberdade? Sim, eu vejo mulheres a clamar por liberdade, mas a buscam
segundo a visão masculina de liberdade. Creio que as mulheres estão aptas a
estabelecerem um novo conceito, o que significaria não só liberdade, mas
originalidade, autenticidade.
Não vos enganeis, pois o estímulo em
pauta nada tem de singular; tampouco é ideia minha. Rogo-vos: não penseis
tratar-se de excentricidade ou balela! Em verdade, Edith Stein, filósofa e
teóloga alemã, nascida judia e convertida ao catolicismo, ordenada freira, foi morta
no campo de concentração em Auschwitz, na Polônia, em 1942. A freira teve
oportunidade de expressar suas ideias - inclusive ideias sobre a autêntica liberdade
feminina - numa série de palestras ministradas em algumas universidades da Alemanha.
A todas vós mulheres, portanto, recomendo a leitura das obras de Edith Theresa
Hedwig Stein. Se preferirdes, podeis buscar por Santa Tereza Benedita da Cruz, pois
Edith Stein foi canonizada pelo Papa João Paulo II em 1998.
Acredito que o feminismo seja muito mais do que algumas mulheres preconizam. Sem me alongar muito, prefiro me ater mais aos direitos humanos. Se nós preocupassem os mais com ele não se teria tanta discussão sobre direitos femininos, masculinos, brancos, negros, judeus, etc... Viveríamos com respeito à humanidade. Só isto.
ResponderExcluirAliás, conheço a história da Edith Stein. Admiro muito.
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