Em
História do Cristianismo, obra organizada por Corbin, Alain Tallon diz-nos que:
“Se a prática inquisitorial se revelou particularmente aterrorizante para a
Europa da primeira modernidade, foi em razão de outros aspectos que não os
desenvolvidos, às vezes de maneira fantasista [...]. O segredo do procedimento
em que o acusado não conhece o delito que lhe é imputado (...)”.
Conseguis
vós identificar alguma similaridade? Pois é, Alexandre de Moraes, em sua
estupidez característica, dedica-se desavergonhadamente a fazer política
partidária. Não, definitivamente não se trata de ideologia, pois ele não tem
bagagem literária para isso. E nessa sua inadvertida e medonha parcialidade,
ele sequer consegue ser original.
Neste
passo, seria bastante oportuna vossa observação no sentido de repreender-me,
isto por ter comparado nossa realidade com o fim da Idade Média, início da
Idade Moderna, vinculando, inclusive, nosso Supremo Tribunal Federal aos
tribunais inquisitoriais. Data vênia, a comédia burlesca aqui desenvolvida pelo
chistoso lupanar, que atende pela alcunha de STF, em muito se aproxima da trágica
instituição que dizia combater o sectarismo religioso. Aqui o ministro e seus
pares parecem, salvo melhor juízo, defender o sectarismo “politiqueiro”.
Mas
continuemos, após este brevíssimo interlúdio: a título de informação, ocorre-me
que o arremedo de ministro desconhece o mentor de toda a sua prosopopeia: Karl
Marx já o dissera em o Dezoito Brumário de Louis Bonaparte, “que a história se
repete ou como farsa ou como tragédia”. Bem, o título de farsante Sua Excelência
já não mais consegue ocultar; sua aparência e ruína estética também não
conseguem maquiar a nata teratogenia.
Transcendeu as transitoriedades existenciais.
ResponderExcluirPara falar tão claramente das abjurações de uma alma atormentada pelas vis paixões, somente "os olhos" do espírito são capazes de exprimir com tamanha lucidez.