Nosso mundo claudica... agoniza. Não
pela iminência de uma guerra qualquer; não pelo descaso ao meio ambiente; não
pelo possível choque de um cometa ou meteoro; não pelo advento de um governo
central imposto por uma nova ordem mundial. Estas não seriam causas, mas apenas
efeitos. O mundo, através de uma quase totalidade de cidades, assimilou essa
doença; na verdade uma síndrome: a síndrome de Sodoma. O pensar renovador que
despreza valores, a visão progressista que olvida princípios, os revolucionários
que rejeitam a religião, os vanguardeiros que depreciam e/ou desonram a família
são responsáveis pela algaravia que envolve nosso dia-a-dia, pela comédia
burlesca que fingimos ser prazerosa e verdadeira. Eis aí a personificação da besta.
As emanações mentais provenientes de um sem número de cérebros inovadores em
eterno espasmo criaram as situações das quais somos reféns. Não vos enganeis,
Ló e seus familiares já foram retirados das cidades enfestadas. Todavia, ainda
haverá esposas a olhar para trás, não por conservadorismo, mas pelo desejo de
perpetuar o clima liberal; ainda haverá filhas buscando embebedarem seus pais
na tentativa de parirem novos povos, povos estes que fatalmente se odiariam. E
o que será do mundo? A total destruição? Não, pasmai: o mundo será resgatado
pelos conservadores, pelos reacionários, pelos tradicionalistas, pelos
ultrapassados. Aliás, os únicos a entenderem que as constantes rupturas entre
passado e futuro dão lugar a lacunas intransponíveis, como as que partilham do
nosso cotidiano, impedindo, inclusive, o livre traçado da história.
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