Independentemente de informações midiáticas ou de redes sociais, está evidenciado o caos em que mergulhou o orbe terrestre. O ser humano parece ter-se degenerado, regredido; a violência aumentou sobremaneira; tornaram-se rotineiros os assassinatos, os estupros, os roubos, os furtos, a corrupção ativa e passiva. A introdução de novos valores parece ter dissociado as relações mesmas; ao dia-a-dia somam-se as catástrofes naturais, os efeitos das alterações climáticas, as doenças. E a reboque temos a politização e a ideologização dos tão afamados “Contratos Sociais”. Todavia, perguntas se nos revelam pertinentes: somente gestores, administradores e políticos seriam responsáveis por tal panorama? Enfim, por que nos isentarmos? Por que nos abrigarmos sob a égide da responsabilidade alheia? Senão, vejamos!
“Vós sois o sal da terra; e se o sal
for insípido com que se há de salgar?” (Mt. 5:13) Ora, por que a figura do sal?
Sim, o sal deve ser utilizado como a arte de dar sabor. Nós devemos dar sabor à
terra. E como? A sabedoria salga a terra, dá-lhe sabor e fertilidade. O sal
significa preservação, fidelidade, constância. O sal é o elemento utilizado
para selar o concerto com Deus; a aliança com Deus nada mais é do que nos
tornarmos conscientes e certos da fidelidade de Deus para conosco. O sal é o
elemento purificador; ele simboliza a perenidade da aliança entre Deus e seres
humanos. E como devemos entender o dar arte e sabor à terra? Damos sabor à
terra quando cumprimos nosso pacto com Deus. Somos o sal da terra quando nos
tornamos testemunhas de Deus; quando servimos a Deus. E se não o fizermos? E se
o sal não salgar? “Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado
pelos homens”. (Mt. 5:13)
Por outro lado, ideias que declaram
salgar a terra, mas, no entanto, apenas se prestam para por em evidência o
pretenso salgador, tornam o solo ermo. Ideias tresloucadas que propõem superar
toda e qualquer dificuldade e abrigam promessas de eterna felicidade são disfarçadas
apostasias; nesse caso o sal transforma-se em enxofre. Tais ideias nada mais
são do que o fermento dos fariseus, a hipocrisia. A maldade dos seres que
habitam um terreno qualquer não permite que este produza bons frutos; as ideias
maldosas execram qualquer adubo. Uma terra coberta de sal e enxofre não poderá
ser semeada; erva alguma nela crescerá. E se algo nela brotar terá início um
povo similar à Sodoma e Gomorra; em verdade, tal terreno tornar-se-á lamacento,
nada mais que um charco.
Permiti
que vossos pensamentos recriem a terra; uma terra farta em arte e de sítios
saudáveis e prazerosos. Afastai-vos, portanto, do pensamento insípido, assim
como do fermento que transforma o simples pensar em cruel pesadelo.
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