domingo, 8 de abril de 2012

Certa menina de apenas 12 anos escreveu: "A coisa mais normal da vida é  a morte e a coisa mais normal da morte é  o medo e a coisa mais normal do medo é a vida!"
A princípio minha imensa admiração pelo conteúdo da mensagem, haja vista uma pós-modernidade repleta de jovens - analfabetos funcionais em sua maioria - voltados unicamente ao consumismo.
O aforismo, longe de revelar uma visão niilista, parece ressaltar correlativos necessários, pois vida e morte se complementam num ciclo infindo; morte e vida se retro alimentam mutuamente.
Já morte e medo seriam dois conceitos intrinsecamente imbricados; em verdade não tememos a morte, mas sim o desconhecido. As pessoas, seguramente, não temem a morte, mas o que se segue a mesma.
Sim, e então me perguntariam: por que o mais normal do medo é a vida? Simples, vivemos sob tensão, o medo é somente uma perspectiva, não um fato. Respiramos sempre a possibilidade de uma catástrofe, de um ataque terrorista, de um assalto, de uma guerra, do desemprego, da falência, da doença, da própria  morte, e ipso facto, do desconhecido etc.
Por ilação: a vida é permeada pelo medo e o medo maior é a morte que complementa a vida.

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