Não raro perguntamo-nos pelo sentido
da vida. A meu ver, dependendo do interesse do questionador, tal questão seria
do orbe da psicologia ou da teleologia ou então da teologia. Mas não nos
furtemos ao desafio. Então uma outra pergunta faz-se mister: a vida tem
sentido? De que sentido falamos? De um intento, um objetivo? De uma direção? De
um aspecto? Os pragmáticos entenderam que tal questão deveria ser respondida
por algum tipo de ciência, e para tal, criaram a teleonomia. O que nos remete a
um tipo de teologia teleológica, pois tal construção exprime uma
pré-determinação, um destino, ou algo que o valha.
E a resposta: parece-me que o simples
fato de buscarmos um sentido para a vida, estamos dando sentido à vida. É um
sentido filosófico, claro, mas é o melhor que se pode fazer. Contudo, fica aqui
uma sugestão sine pecunia: apesar de bastante louvável essa tentativa de
apreensão, não nos preocupemos em buscar um sentido para a vida. Sêneca,
distante da teleonomia, disse-nos: “Aquele que quer, o destino o conduz; aquele
que não quer, o destino o arrasta”.
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