A natureza, o universo como um todo, é
manifestação de Deus; a ubiquidade é distintiva. Por outro lado, cada ser
humano, enquanto autolimitação divina, traz em si um dom, um dote natural, algo
ínsito. Deus, embora transcendente, faz-se imanente - latente - em todo ser
humano. E essa imanência, na verdade uma substância, em nada interfere na
individualidade dos seres. A consciência humana, capaz de discernir entre o Eu
e o não-Eu, percebe esse dom natural. A vontade, aliada ao livre-arbítrio,
busca desenvolver esse dom, que é parte da essência humana. E a fé auxilia na
tarefa. Então Deus revela-se aos que se dedicam a tal empreitada. Mesmo que o
ser humano despreze sua característica distintiva, o atributo divino nele
estará presente.
Àquele a quem Deus se manifesta, experiencia
a liberdade; o conhecimento de Deus é a verdade que liberta. Todavia, essa
experiência não pode ser transmitida; é uma relação inefável; ser um com o Uno
é intransmissível. O silêncio, portanto, é o que melhor retrata a
experimentação.
Agradeçamos, louvemos ao Senhor!
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