sábado, 9 de novembro de 2024

Tou Theoú (De Deus)

 

A natureza, o universo como um todo, é manifestação de Deus; a ubiquidade é distintiva. Por outro lado, cada ser humano, enquanto autolimitação divina, traz em si um dom, um dote natural, algo ínsito. Deus, embora transcendente, faz-se imanente - latente - em todo ser humano. E essa imanência, na verdade uma substância, em nada interfere na individualidade dos seres. A consciência humana, capaz de discernir entre o Eu e o não-Eu, percebe esse dom natural. A vontade, aliada ao livre-arbítrio, busca desenvolver esse dom, que é parte da essência humana. E a fé auxilia na tarefa. Então Deus revela-se aos que se dedicam a tal empreitada. Mesmo que o ser humano despreze sua característica distintiva, o atributo divino nele estará presente. 

Àquele a quem Deus se manifesta, experiencia a liberdade; o conhecimento de Deus é a verdade que liberta. Todavia, essa experiência não pode ser transmitida; é uma relação inefável; ser um com o Uno é intransmissível. O silêncio, portanto, é o que melhor retrata a experimentação.

Agradeçamos, louvemos ao Senhor!    

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