De início, a palavra autoridade referia-se a um autor; seria a característica, a qualidade de um autor, de um criador. Por dominar determinado assunto a pessoa (autor) falava do mesmo com autoridade. A palavra autoridade, no início do século XIII, envolvia prestígio, direito, permissão, dignidade. Do latim auctoritatem (nominativa auctoritas) podia ser entendida como invenção, conselho, opinião, influência, comando. Por auctor, compreendia-se um líder, um mestre, um autor.
Bem, mas o tempo passou (fins do
século XIV) e o significado mudou quase que radicalmente, incorporando o
sentido de controle, comando, poder de impor obediência. Autoridades tornaram-se,
portanto, aqueles que estão no comando (década de 1610). Pessoas que nada
entendem, incapazes de criar o mínimo que seja e sem um pingo de dignidade apossaram-se deste “título” (meados do século XIX), até mesmo por satisfação
pessoal. E vede bem: ficamos à mercê não só de policiais pervertidos, mas
também de políticos corruptos/semianalfabetos e de iníquos ministros do Supremo
Tribunal Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário