Enfim nos encontraremos! Não, ela nunca esteve à minha espera; eu jamais a busquei... Mas nosso encontro mostra-se iminente. Mas, por que agora? E, por que não ontem ou em futuro distante? Posso afiançar-vos de que nunca lançamos mão de recursos delusórios para apressar esse tête-à-tête. Descreveram-na como alguém elegante, a fazer uso de roupagens clássicas... seria de fato? Qual nada, mera especulação; há os que a descrevem por exibir faces e petrechos estereotipados. Não obstante aconselharam-me um bem trajar; imaginai: eu um tardio handsome!
Contudo, questiono: por que Certeza? Pois
foi desse modo que ela a mim se apresentou. Mas o que significa? Convicção? De
fato, na Certeza não há espaço para opiniões. Teria algo a ver com o Absoluto?
Dizem-no verdadeiro. O Absoluto me parece único... Certeza absoluta seria pleonasmo.
Adjetivos são substantivados, substantivos surgem, adjetivos se insurgem.
Hilário (por que não ridículo?) é como seres humanos se valem de eufemismos para
reportarem-se ao que lhes perturbam, assustam...
E nesse meu vaguear caótico ainda
penso em apelar à lógica; busco premissas maiores e/ou menores... O silogismo
carece de antecedentes, de consequentes. Fado? Falta de sorte? E ficamos à
mercê de um depoimento entimemático: a tal Certeza não é outra senão a Morte!
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