Era uma vez um cidadão chamado Hunter
Biden, advogado e lobista, sócio de uma empresa de consultoria internacional, a
Rosemont Seneca Partners. Ele também atua no conselho da Burisma Holdings,
empresa ucraniana produtora de gás. Bem, sabe-se que grande parte do gás utilizado
em toda a Europa tem origem na Rússia. Este o primeiro obstáculo para o
crescimento da empresa ucraniana, ou melhor, para Mr. Biden disponibilizar o
gás ucraniano para toda a Europa. E como fazê-lo? Putin, já em 2014, reanexara
a Criméia, território ucraniano. O governo russo quer aumentar a zona de
influência soviética. Como resolver o impasse? Sim, seu pai, Joe Biden,
político de carreira, tinha pretensões de ocupar a Casa Branca. Por que não uma
ajudinha? Hunter Biden fez-se mais próximo da Rússia, do presidente Vladimir
Putin, bem como de empresários russos. Lá, ele contratou hackers para
interferirem nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, de modo a
transformar papai Biden em presidente. Se desse alguma coisa errada, a Rússia
seria responsabilizada. E parece que, apesar das muitas reclamações de Donald
Trump, tudo acabou dando certo: papai foi catapultado ao Salão Oval.
Por outro lado, na Ucrânia, um
ex-humorista fora eleito para a presidência. Este, Volodymyr Zelensky, esforça-se
por disfarçar sua faceta neonazista. Sim, ele apoia as ações de seguidores que
perseguem ciganos e também judeus. Hunter Biden, de modo pragmático, ocupa-se apenas
com os lucros; não há a menor preocupação com o “pogrom” executado pelos
ucranianos. Mas como fazer para lançar a Ucrânia no cenário mundial, apesar das
perversões de Zelensky e seus eleitores? Papai Biden teve uma excelente ideia! “Sim,
é isso: façamos com que Putin invada a Ucrânia, pois a Rússia não aceitaria a
Ucrânia com soberania independente”. Mas como provocar Putin? A Ucrânia deveria
tornar-se membro da OTAN.
A OTAN, uma aliança militar, fora
criada para estabelecer limites à influência soviética quando na Guerra Fria.
Sim, agora a estratégia ocidental entendia que o leste europeu precisava tomar
vulto. Isso deixaria Putin acuado. Muito embora a retomada da Criméia, a Rússia
ver-se-ia comprometida econômica e estrategicamente; ela ficaria isolada da
Europa e teria barrada sua saída para o Mar Negro. Sim, como membro da OTAN, a
Ucrânia estaria segura e prestaria “inestimável favor” aos aliados: Os Estados
Unidos, por certo, lá instalariam uma base militar - quem sabe desfrutar de uma
tardia justiça pelo fato de ter a Rússia colocado mísseis em Cuba, nos anos
sessentas, e ter tirado o sono de John F. Kennedy?
Ao tentar impedir este desastre
geopolítico, a Rússia ficaria mal vista diante de todas as nações, pois estaria
mais uma vez invadindo o país vizinho, uma nação irmã. Para que o plano desse
certo, no entanto, o presidente Biden precisava do apoio de líderes europeus.
Logo, reuniu-se com Boris Johnson (primeiro ministro inglês), Emmanuel Macron
(presidente francês), Olaf Scholz (o sucessor de Angela Merkel na Alemanha) e
representantes dos demais países membros da OTAN. O mote da conversa seria: “Não
nos preocupemos com o gás russo; que tal o gás ucraniano para abastecer toda a
Europa?” Nada obstante, por trás de todo esse enredo macabro, pode-se perceber
a arquitetura geopolítica de uma eminência parda: a Nova Ordem Mundial.
Apesar de todas as ameaças, Vladimir
Putin não se deixou abater. Eis as “Razões de Estado” defendidas pelo Cardeal
de Richelieu. O que antes não passava de movimentação de tropas, recurso
utilizado para atemorizar o governo ucraniano, culminou em invasão. Mas a
guerra fora anunciada muito antes de seu início. Havia uma quase que propaganda
diária feita pelas agências de notícias. Inclusive, muitos embaixadores estrangeiros,
lotados na Ucrânia, concederam entrevistas e falavam da tranquilidade nas ruas
de Kiev. Bem, com a invasão, de fato, - objetivo alcançado pelos europeus - a
Rússia, deveria ser demonizada, odiada por todas as nações. Como? Simples,
tornando os invasores em bárbaros.
De início, Putin declarou estar
lutando para desnazificar a Ucrânia. Os alvos do exército russo, portanto,
voltam-se às bases militares ucranianas, a depósitos de armamentos, a invasão e
tomada de gasodutos. Uma curiosidade: Por que os militares russos não
priorizaram a tomada de usinas atômicas? Bem, mas reportagens e cenas de
ataques feitos a civis, a colégios, hospitais, igrejas, creches, etc. abundam
os noticiários em todo o mundo. Na mesa de negociações a Rússia aceita
estabelecer tréguas, desde que os corredores humanitários conduzam os
refugiados para solo russo. Por que? Os invasores querem abrigar civis
inimigos?
Ora, apesar dos ataques mostrarem-se
aleatórios, um hotel no centro de Kiev, que abriga toda a imprensa
internacional, permaneceu e permanece intacto. Sorte? Coincidência? Não.
Busquemos saber que civis morreram nesses bombardeios. Eram ciganos, seus descendentes
e familiares; eram judeus, seus respectivos descendentes e familiares. Zelensky
está realizando uma eugenia com o apoio do ocidente; ele garante estar atacando
somente separatistas, simpáticos a Moscou e partidários do ex-presidente
Yanukovych. Apenas dois jornalistas foram assassinados. Por que razão?
Certamente pretendiam contar ao mundo a verdade sobre o ataque a civis. Uma
jornalista francesa está sendo perseguida por não se render aos interesses das
agências de notícias. Dois militares ucranianos de alta patente foram presos e
acusados de traição pelo presidente humorista. Como? Que tipo de traição?
Decerto os militares recusaram-se a representar a comédia conduzida por
Zelensky e os aliados ocidentais.
E tiveram lugar sanções econômicas,
políticas, sociais e até esportivas, propostas pelos membros da OTAN e da ONU. Um
estranho consenso entre países europeus e Estados Unidos ameaçam a Rússia com a
expulsão do G20. O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se em caráter
emergencial para condenar a invasão, mas foi impedido pela Rússia, membro
efetivo, que detém poder de veto. Sergey Lavrov, Ministro das Relações Exteriores,
procura esclarecer a série de acusações infundadas que correm pelo mundo, via
imprensa. O embaixador da Rússia no Canadá, através de uma carta aberta, aponta
as notícias falsas partilhadas pelos ocidentais.
Curiosamente, não se tem, nem de modo
aproximado, um número de baixas para o exército russo; só sabemos das mortes de
civis ucranianos. Que tipo de guerra é essa que só se registra as mortes civis
de um único combatente? Zelensky sempre aparece nos noticiários, com modos
afetados e a ressaltar sua posição de vítima, de injustiçado, de perseguido. Os
jornais ocidentais, por unanimidade, enquanto disseminam notícias de um
possível uso de armas químicas e/ou nucleares por parte dos russos, fazem do
exército ucraniano, um exército de heróis; fazem do povo ucraniano, vítimas de
um maníaco assassino. Biden já declarou que Putin deveria deixar a presidência
da Rússia (isso seria bem oportuno, não?). Donald Trump veio a público e pediu
a Putin que diga ao mundo quem é Hunter Biden. Que bom seria para todos!
Feliz ou infelizmente, em face dos
constantes ataques, o gás da Ucrânia não chegou a Europa. Os soviéticos
continuam suprindo a zona do Euro com gás, mas ameaçam suspendê-lo caso verifique
ataque por parte dos países membros da OTAN. A partir de 1º de abril, decreto
do Kremlin determina que países hostis abram conta em banco russo para
realizarem pagamento em rublos pelo gás adquirido. Isso visa minimizar os
efeitos das sanções econômicas impostas pelos ocidentais. Quais seriam os
países hostis? Ora, os Estados Unidos e demais membros da OTAN, a título de
auxílio, - uma cínica solidariedade - enviam armamentos para as forças armadas
ucranianas, prometem empréstimos de bilhões de dólares e comprometem-se a
receber refugiados.
Uma última questão: a Rússia estaria
isolada neste panorama bélico? Não, ela tem o apoio de Belarus, da China e,
recentemente, a Coreia do Norte, com seu jeito furtivo de ser, lançou um míssil
balístico com autonomia para chegar aos Estados Unidos. O dito míssil caiu no
mar do Japão. King Jong-un, por certo, deve ter pensado: “O recado está dado!”
Porém, creio que isso não faça parte dos projetos da família Biden.