É incrível como o conhecimento pode transformar pessoas. Evidentemente que falo de parte do conhecimento; da porção de um todo. Contudo, em geral, indivíduos que assimilam algo de ciência, mostram-se extremamente pretensiosos. Raras são as vezes em que alguém com experiência, com melhor formação, revele alguma humildade. A bazófia é capaz de suplantar qualquer ínfima instrução. Então sou levado a crer que somente a sabedoria é humilde. A jactância, a soberba desconhecem a modéstia, a sobriedade. Os seres humanos, assim que dominaram a técnica de fazer tijolos, projetaram a construção de uma torre capaz de alcançar os céus. Por que a empáfia e, consequentemente o desafio?
Acredito que, diariamente, existam
tentativas para se erguer outra torres, outras babéis. Não creio exagerar
quando uso o termo diariamente, tendo em vista a celeridade do desenvolvimento
científico. Já percebestes que quanto mais a ciência acredita progredir, mais
ela quer desafiar, mais quer sobressair e desacreditar o imensurável? Ora, não
se pode culpar o conhecimento, a ciência, a tecnologia ou algo que o valha por
esta faceta circunstanciada. Fato é que, dificilmente, seres humanos se valem
da ciência para corroborar narrativas e/ou fenômenos religiosos. Muito pelo
contrário, os enfatuados buscam aprofundar cada vez mais o fosso entre ciência
e religião. Eis a vetusta rivalidade entre ciência e fé.
Todavia, nos dias de hoje, não se faz
necessária a criação de diferentes línguas para pôr limites à vaidade humana. Ela
mesma, a soberba, encarrega-se de colocar freio nas pretensões humanas. Sim, a
altivez que contempla sobremodo a egoidade põe por terra a partilha de
informações. E o que presenciamos, enfim? Uma briga de egos. E essa contenda
impede qualquer construção. Não vos enganeis: a vaidade humana atingiu nível tão
elevado, que sequer percebe-se os escombros das desejadas construções. Com
muito pesar afirmo-vos que ciência é pretensão, é enredo, é maquinação.
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