sexta-feira, 14 de março de 2025

A procura de um herói

 

É, do jeito que as coisas vão, estamos precisando de um herói. Mas nada criado pela mídia; nada de artistas globais, sejam eles cantores, compositores, atores, atrizes; nada de jogadores de futebol ou quaisquer outros tipos de atletas. Políticos? Nem pensar! Nada de educadores, escritores, influencers e/ou oportunistas. Sim, eu sei que é difícil. Pergunto-vos: que tal um dos heróis de tempos passados? Ocorre-me falar em Hércules, alguém cantado em verso e prosa por Peisândro de Rodes, Christian Grenier, Monteiro Lobato, Agatha Christie e tantos outros.

Mas, pera aí; muita calma nessa hora! O cara cometeu feminicídio. Não, não foi preso, nem usou tornozeleira. Audiência de custódia? Nem pensar. Todavia, pode-se argumentar a favor do réu que, desde bebê, fora assediado; até serpentes foram colocadas em seu berço. Mas Hércules era um herói nato: ainda na fase de aleitamento esganou as duas serpentes. Alguém, por certo, irá contra- argumentar: - “Só não cumpriu pena por causa do papai!” Sim, de fato, ele era filho de Zeus (bem melhor do que ser filho do Lula). Se interrogado, com certeza Hércules não diria ter sido liberado pelo “amigo do amigo do meu pai”. Hera, a verdadeira esposa de Zeus, odiava o menino bastardo; tantas fez que levou o jovem à loucura e ele acabou por matar a própria esposa e filhos.  

Mas a história não acaba aí. De volta à razão, para se redimir do crime, expiar sua culpa e ser elevado à condição divina, Hércules teve que realizar 12 trabalhos. E por favor, nada de melindres, pois conhecemos “alguém” que abandonou o status de prisioneiro, foi descondenado, teve seus processos engavetados e lançado à condição de presidente de uma nação. Pergunta-se: Seria esse um trabalho?

Voltemos, então, a Hércules! Que trabalhos poderiam ser realizados pelo nosso requestado herói? No Brasil, que eu saiba, não temos Leão de Nemeia, Hidra de Lerna, Touro de Creta, o Cão Cérbero, etc. Nada obstante, me vem à mente desafios típicos de uma nação em declínio, desafios estes que exigiriam coragem, intrepidez e determinação acima da simples condição humana, ou seja, coisa para heróis. Ainda não sei se estaria a exigir demasiado do pobre Hércules. Eis, então, os 12 trabalhos por mim propostos (1 por mês?):   

(1) acabar com a corrupção institucionalizada, (2) fim da insegurança jurídica baseada no discurso espúrio dos direitos humanos, (3) pôr um basta no analfabetismo funcional, (4) criminalizar a manipulação midiática, (5) exterminar com o sindicalismo endêmico, (6) obstar a perseguição aos conservadores,  (7) impedir a censura que se alastra em nome da democracia, (8) desmascarar as narrativas criadas para justificar desmandos, (9) por limites a excessiva carga tributária que banca o desgoverno, (10) proibir a destinação de verbas para custear ditaduras, (11) banir a interferência do crime organizado nas instituições, (12) desmascarar os ditadores de toga que se arvoram em autoridades e agridem a Constituição que dizem defender.  

Pobre herói meu!

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