segunda-feira, 25 de março de 2013

A síndrome de Omar




Diz-nos a história, através de seus historiadores, que a Biblioteca de Alexandria foi queimada em 646 d.C., por ordem de Amr ibn al-As, governador do Egito, em nome do califa Rashidun Omar ibn al-Khattab. O argumento utilizado pautava-se na estreita visão de que “O livro de Deus é-nos suficiente”. E ainda: “Não há necessidade de outros livros, senão O Livro”. Isto é, o Corão. Trocando em miúdos: se o assunto estivesse no Corão, seria redundante; se não estivesse no Corão, seria supérfluo. Portanto, justificou-se a queima.
Parece que nos dias de hoje, em universidades federais, e mais especificamente nas áreas de humanas, a síndrome do califa está bastante presente. Se o assunto não tiver uma abordagem socialista, ou marxista, ou de uma esquerda casuísta, deve ser deixado de lado; se tiver, isso é o bastante, e tudo mais deve ser esquecido.
Então nós vemos socialistas que vivem e se locupletam sob a tutela do capitalismo; expoentes que se destacam citando incansavelmente Marx e Engels, mas que nunca leram o Capital. Suas conquistas literárias resumem-se ao Manifesto Comunista, a panfletagem e a palavras de ordem, chavões etc.

Eis a intelectualidade!

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