Diz-nos a história, através de seus
historiadores, que a Biblioteca de Alexandria foi queimada em 646 d.C., por
ordem de Amr ibn al-As, governador do Egito, em nome do califa Rashidun Omar
ibn al-Khattab. O argumento utilizado pautava-se na estreita visão de que “O
livro de Deus é-nos suficiente”. E ainda: “Não há necessidade de outros livros,
senão O Livro”. Isto é, o Corão. Trocando em miúdos: se o assunto estivesse no
Corão, seria redundante; se não estivesse no Corão, seria supérfluo. Portanto,
justificou-se a queima.
Parece que nos dias de hoje, em universidades
federais, e mais especificamente nas áreas de humanas, a síndrome do califa
está bastante presente. Se o assunto não tiver uma abordagem socialista, ou
marxista, ou de uma esquerda casuísta, deve ser deixado de lado; se tiver, isso
é o bastante, e tudo mais deve ser esquecido.
Então nós vemos socialistas
que vivem e se locupletam sob a tutela do capitalismo; expoentes que se
destacam citando incansavelmente Marx e Engels, mas que nunca leram o Capital.
Suas conquistas literárias resumem-se ao Manifesto Comunista, a panfletagem e a
palavras de ordem, chavões etc.
Eis a intelectualidade!
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