“Assim
também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos
rudimentos do mundo”. Gálatas 4:3
A humanidade teve sua infância. O ser
humano de então sujeitava-se a um mundo indiferente, desabrido, rude. O lento
passar do tempo, todavia, permitiu que esses seres, pouco a pouco,
transformassem o mundo; isto é, atuassem na natureza, interferissem no meio
ambiente. Teve lugar o fabrico de ferramentas, armas... enfim, um agir
cultural. Enquanto servil, no entanto, a humanidade temia a natureza; todo e
qualquer fenômeno natural era tido por sobrenatural. As explicações para tais
fenômenos variavam do mitológico ao religioso. Eis o início do paganismo. Sim,
a cada fenômeno inexplicado associava-se a existência de um deus específico.
Mas a inteligência humana experienciou
e logrou desenvolver-se. Despontaram conhecimentos: a ciência afinal. A cada
descoberta científica, enigmas naturais iam sendo desvendados. O conhecimento
arrancou a humanidade de sua condição servil em relação à natureza, pois o
conhecimento liberta. O paganismo experimentou sua superação. Um único Deus
fez-se presente. Alguns, contudo, entendiam - e ainda entendem - que o desenvolvimento
pautado no advento das ciências bastaria para explicar todos os fenômenos e,
por conseguinte, banir todo e qualquer resquício de explicação metafísica. Mas
nem tudo correu à contento: muito embora o vasto conhecimento assimilado, seres
humanos descobriram-se limitados em relação não só à natureza, mas também ao
mundo. E essa limitação veio, de certa forma, através de uma exigência
racional, corroborar a existência de um Deus.
A presença de Deus, portanto, faz-se
necessária não só para preencher lacunas de uma ciência em eterna superação,
mas também para consolidar nossa mudança de status, ou seja, abandonarmos a
mera posição de criaturas para tornarmo-nos filhos deste Deus. A óbvia
existência de ateus, agnósticos e similares dá-se em função da vaidade, da
arrogância, da presunção. A crença na multiplicidade de deuses constata apenas
a insegurança em relação ao conhecimento. O servir a outros deuses revela tão somente
lamentável ignorância. O crer no único Deus vem manifestar, consequentemente,
uma notável evolução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário