segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Evolução

 


             “Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo”. Gálatas 4:3

 

A humanidade teve sua infância. O ser humano de então sujeitava-se a um mundo indiferente, desabrido, rude. O lento passar do tempo, todavia, permitiu que esses seres, pouco a pouco, transformassem o mundo; isto é, atuassem na natureza, interferissem no meio ambiente. Teve lugar o fabrico de ferramentas, armas... enfim, um agir cultural. Enquanto servil, no entanto, a humanidade temia a natureza; todo e qualquer fenômeno natural era tido por sobrenatural. As explicações para tais fenômenos variavam do mitológico ao religioso. Eis o início do paganismo. Sim, a cada fenômeno inexplicado associava-se a existência de um deus específico.

Mas a inteligência humana experienciou e logrou desenvolver-se. Despontaram conhecimentos: a ciência afinal. A cada descoberta científica, enigmas naturais iam sendo desvendados. O conhecimento arrancou a humanidade de sua condição servil em relação à natureza, pois o conhecimento liberta. O paganismo experimentou sua superação. Um único Deus fez-se presente. Alguns, contudo, entendiam - e ainda entendem - que o desenvolvimento pautado no advento das ciências bastaria para explicar todos os fenômenos e, por conseguinte, banir todo e qualquer resquício de explicação metafísica. Mas nem tudo correu à contento: muito embora o vasto conhecimento assimilado, seres humanos descobriram-se limitados em relação não só à natureza, mas também ao mundo. E essa limitação veio, de certa forma, através de uma exigência racional, corroborar a existência de um Deus.

A presença de Deus, portanto, faz-se necessária não só para preencher lacunas de uma ciência em eterna superação, mas também para consolidar nossa mudança de status, ou seja, abandonarmos a mera posição de criaturas para tornarmo-nos filhos deste Deus. A óbvia existência de ateus, agnósticos e similares dá-se em função da vaidade, da arrogância, da presunção. A crença na multiplicidade de deuses constata apenas a insegurança em relação ao conhecimento. O servir a outros deuses revela tão somente lamentável ignorância. O crer no único Deus vem manifestar, consequentemente, uma notável evolução.       

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