sexta-feira, 13 de junho de 2025

De volta à antiga Grécia

 

O quão de antigo me reporto? Ao século VIII ou VII a.C. Sim, uma Grécia muito antiga. E lá estava o Panteon; e lá estavam os deuses. Se bem que os deuses de então empenhavam-se em exibir as mesmas imperfeições dos seres humanos. Pergunta-se: eram, de fato, deuses? Deuses ardilosos, vingativos, exibidos; deuses que assediavam e seduziam mulheres, que cometiam adultério e incesto. O Panteon era o lugar preferido para que os deuses tecessem tramoias, planos para adulterar e ludibriar os mortais.

Mas aí surge Prometeu, e juntamente com seu irmão levaram aos seres humanos o fogo roubado dos deuses, ou seja, deram aos mortais a chance de pensarem, de falarem, de exporem seus problemas e suas opiniões. O castigo dado a Prometeu foi exemplar, afinal seres humanos não mais permitiriam ser manipulados. As retaliações foram terríveis; todos os tipos de males foram lançados sobre nós. À boca pequena, há quem diga que a guerra do Peloponeso, 431 à 404 a. C., teria sido cortina de fumaça, pois a democracia, uma aspiração do povo, precisava sofrer obstáculos.

Pergunta-se: os dias atuais são diferentes? Não! Enfim, retornamos ou permanecemos na Grécia antiga? Os “Panteões” da atualidade se travestem de Encontros de Cúpula, Fóruns Econômicos, Organizações Mundiais. As mesmas famílias, ainda que ocultas, (os mesmos falsos deuses de outrora), orientam a economia, obstruem informações, estimulam gastos, promovem guerras, financiam epidemias, e não só pelo poder, mas a visar o lucro das indústrias farmacêuticas, alimentícias, armamentista, etc. Curioso: continuamos sendo manipulados e tudo em nome da democracia. Os mais exaltados clamam: “Onde está Prometeu?” Ora, está presente, só que agora exibe a alcunha de Redes Sociais. Por isso querem calá-lo!       

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