quinta-feira, 30 de junho de 2022

Antropoceno

 

Vivenciamos o amargor de uma inglória hegemonia; desfrutamos os efeitos de um agir irresponsável. Afinal, em que justifica-se o fato do ser humano ter domínio sobre a natureza? Racionalidade? Bom senso? A natureza mesma dá mostras dessa extrapolação; a humanidade já começa a padecer com os resultados de sua “ampla” esfera de ação. Há sinais evidentes da falta de limites no tocante a ter ervas, árvores frutíferas e até mesmo animais como alimentos; inegáveis as alterações climáticas impostas pela industrialização; incontestes as consequências das agressões ao meio ambiente em função do acúmulo de bens e capital. Aos humanos, portanto, em face dos recentes desafios, é negado desprezar ou desconhecer o seu tempo. Está mais do que na hora do sapiens reavaliar sua relação com a natureza. Há que se respeitar o meio ambiente; faz-se mister um usufruir com responsabilidade. Todavia... como esperar atitudes responsáveis de seres humanos? Se a humanidade ainda carrega a pretensão de atender às demandas naturais, legitimemos nossas ações. Criemos leis, boas leis. E a boa lei tem por princípio coibir, orientar, educar. “Bona este lex si quis ea legitime utatur”.

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