É sobremodo preocupante o aumento da violência. E dentre as suas mais diversas manifestações, está a violência contra a mulher. Projetos de leis, os desdobramentos da “Maria da Penha”, severidade e rigor nas punições, medidas protetivas, etc., mostram-se, até o momento, como meros paliativos. Por que? Teriam os agressores consciência de seus atos? Seriam apenas impulsos? Seriam o simples expressar de consequências? Lidamos com estímulos? O que estaria originando tais desmandos? Debrucemo-nos, então, e de modo breve, sobre alguns milênios de nossa história.
Sim, habitávamos em árvores; nossos antepassados
não se arriscavam no solo. A sociedade de então tinha como característica o
matriarcado. O viver sobre galhos e ramos acabou por eximir os homens de
maiores afazeres e construiu uma sociedade dependente da mulher. Porém, vivemos
o advento do bipedalismo; não só ficamos de pé, mas também arriscamo-nos no
solo. O ficar de pé mexeu em muito com a fisiologia humana. Houve um
estreitamento no ilíaco e com isso as fortes dores no parto. As mulheres,
portanto, tiveram seus organismos afetados. Já que de pé e com a visão mais
utilizada, o olfato perdeu muito de sua importância. No solo os homens reconheceram-se
mais senhores de si. As mulheres, mais dependentes e frágeis, haja vista as
mudanças estruturais no organismo, dedicaram-se à educação dos filhos e a
manutenção da família nuclear. Ao homem coube a defesa e a busca do alimento. Em
decorrência, as sociedades tornaram-se patriarcais, não obstante o elemento
feminino ser sempre mais numeroso.
Independentemente se relato mitológico
(ou não), faz-se mister citar a antiga nação amazona, isto é, nação formada
exclusivamente por mulheres guerreiras. Na historiografia greco-romana existem
diversos relatos de invasões de amazonas na Anatólia. A palavra ama, constitutiva do termo amazona,
significa mãe em seu sentido estrito e está relacionado às sociedades
matriarcais. A palavra ha-mazan, de
origem iraniana, significa lutando junto. Guerras, portanto, não faltavam.
Havia a necessidade de combatentes. Logo, foi instituída a poligamia, pois
quanto mais mulheres a parir, mais a possibilidade de filhos para lutar. E a
sociedade a isso ajustou-se; a mulher foi ficando em segundo plano. O hábito
masculino de ter amantes tornou-se, sem dúvida, uma questão cultural, ou, se
assim o desejarem, conceitual. Todavia, o que nos torna seres históricos, é o
fato de propor rupturas conceituais e/ou culturais.
E a ruptura chegou; reporto-me aos
meados do século XX: o movimento feminista. Este movimento surgiu, a princípio,
entre mulheres brancas e de classe média, na tentativa de assegurar direitos
jurídicos e políticos, isto é, o direito ao voto e a uma vida profissional fora
do lar. Contudo, salvo melhor engano, o movimento extrapolou, assimilou
dimensões vultosas; a coisa parece querer estar próxima de um reviver da
sociedade amazona. Sim, não está longe a sociedade feminista fazer visita (ou
permitir-se visitar), uma vez ao ano, pela sociedade de machos, na expectativa
de engravidar. E obviamente, os fetos do sexo masculino seriam descartados.
Exagero? Será? Há todo um arcabouço,
um delineamento posto em prática. As mulheres já rejeitam os homens; preferem a
companhia de outras mulheres. Feministas militantes reclamam do período
menstrual e, ao fazerem-se de vítimas, comparam-se aos homens. O sexo masculino
vem sendo gradativamente demonizado. Não só os recursos falaciosos do
politicamente correto, mas também a mídia manipuladora está à serviço desta “minoria”.
Desde alguns anos observa-se um processo de emasculação, processo este
estimulado pelo que chamam “modismo”. Neste passo, sinto-me na obrigação
reiterada de reclamar vossa atenção para o experimento de John B. Calhoun. Os
desmandos sociais ora vividos foram observados no referido experimento
realizado em 1947.
A tecnologia também, de certo modo,
presta-se a este mister, pois parece haver “oportuno empenho” de câmeras de
segurança para comprovar a violência masculina, se bem que imagens podem ser
editadas e/ou interpretadas. É bom ter em mente que, com o bipedalismo, o gênero
feminino deixou de exibir seu sexo; a relativização do olfato dificultou em
muito a percepção do estro. Ora, mas os cosméticos associaram-se às práticas de
sedução. Hodiernamente, a mulher empenha-se em seduzir, se bem que a sedução
deixou de ser um fim em si mesma; sedução é apenas meio para um objetivo maior:
a desmoralização, a demonização, a marginalização do gênero masculino. A terminologia
vem trazer também seu óbulo à causa, pois o femicídio (ou feminicídio) apenas
segrega e procura dar mais ênfase a uma espécie de crime com o qual convivemos
desde sempre. As agressões físicas ou psicológicas, violências, estupros ou tentativas
de estupros, assassinatos ou tentativas de assassinatos, permeiam os Códigos
Penais da quase totalidade das nações.
Enfim, o que mais podemos esperar
desta nova “casta” de amazonas? As mulheres não querem apenas disputar o
mercado de trabalho; não querem ter só direito a exercer cargos públicos e ser
destaque em posições de mando. Elas pretendem subestimar, dominar, escravizar
os homens. Estariam os homens lutando por um status quo ante? Na verdade, estamos vivenciando, por parte das
mulheres, o transcender de um estado antes existente. Uma sociedade de abelhas?
Pode ser. Todavia, é bom ter em mente o pequeno detalhe que faz a grande
diferença. Falo de natureza! Certamente, para atender aos reclamos da natureza,
no instante em que houver o chamado do instinto maternal e as fecundações in vitro não mais preencherem as lacunas
de uma noite de amor (ou seria apenas sexo?), os até então execrados homens
far-se-ão presentes. E neste momento as mulheres quererão ser conquistadas, dominadas,
possuídas.
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