sexta-feira, 30 de junho de 2023

Desafio

 

Certa operadora de telefonia lançou uma campanha. Diz-nos o slogan: “No dia dos namorados não envie mensagem; escreva uma carta!” Eis um primeiro desafio. Será que as pessoas ainda sabem escrever uma carta? Preocupo-me sobretudo com as recentes gerações. Sim, minha pergunta é assaz pertinente. E estou longe de exigir linguagem escorreita; refiro-me apenas à singela união de sujeito, verbo e predicado... Outro desassossego: Serão os jovens capazes de expressar sentimentos? Ficariam tais declarações afeitas somente à terminologia esdrúxula tão comum nas redes sociais? Seriam os pronomes devidamente utilizados? Será que teremos, pelo menos, lúdicas concordâncias verbal e nominal? Ou vamos apenas atestar a hecatombe de uma língua outrora considerada bela e quase perfeita?

Um segundo desafio: cartas pressupõem seus respectivos envios. Será que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ainda faz uso de tal prática?     

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