Alertaram-me quanto a acidentes, pois que, para “modelos antigos” como eu, não mais existiriam peças de reposição. Como responder? De início agradecido, pois isso, de fato, procede. Minha geração, pessoas como eu, apesar dos inúmeros malfeitos, dificilmente serão substituídas. Trata-se de valores, de princípios; trata-se de integridade, uma disposição - assim creio - até então desconhecida pela “nova classe”.
Bem, mas neste passo deparo-me com um
dilema: devo entender-me como alguém singular? Em face da patente degeneração
social, confesso realmente estar inclinado a sentir-me assim. Todavia, como
ficaria a modéstia? Modéstia, um termo insidioso. Explico-me: negar-se a ser
modesto é arrogância; assumir a modéstia, decerto seguir-se-á a acusação de
falsa modéstia; negar a falsa modéstia, por certo receberá o epíteto de
hipócrita.
Logo, outra constatação se me
apresenta: como está difícil conviver com tantos adjetivos!
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