O
presidente eleito tem mostrado grande preocupação em não cometer erros, pois
que, segundo suas próprias declarações, isso possibilitaria o retorno dos
partidos de esquerda, e, consequentemente, a reinstalação da instabilidade
sócio-político-econômica, tão nociva ao país. Percebe-se igualmente, uma
desmedida pressão das instituições que deveriam dar sustentação ao novo
governo, isso porque o então candidato assimilou a fama de fascista, radical de
direita, ditador, misógino, preconceituoso, racista, etc., estimulada pela
esquerda que negava-se em abrir mão do antigo projeto de poder. O líder da
esquerda, embora cumprindo pena, quer se manter no limbo, quer se perpetuar
como cidadão exemplar, vítima de um conspiração que visava afastá-lo de
concorrer ao cargo de chefe do executivo. Em não conseguindo o intento, tenta
desacreditar o judiciário, alegando ser prisioneiro político. Todavia, buscou
lançar, pela segunda vez, seu candidato estilo Linha Maginot, ou seja, alguém
de sabida ineficiência, mas pronto para desempenhar o papel que lhe foi
conferido. Com isso, o líder acreditava manter sob controle sobre seus
correligionários e o destino do país.
Nada
obstante, o que me causa espécie é a posição das instituições em relação ao
futuro presidente, haja vista os discursos da PGR, do presidente do STF, das
manobras difamatórias alimentadas pelo TSE, a atitude do presidente do Senado
Federal e demais políticos não reeleitos. Como o então candidato não costurou
alianças e declarou-se contra a prática de loteamento de cargos para conseguir
apoio, as velhas e matreiras raposas da política, viciadas no detestável
fisiologismo, e isso amparado pela falácia de “governo de coalisão”,
declaram-se oposição. Atentai para um detalhe: em momento algum alguém citou,
mesmo que por alto, preocupação com os rumos da nação. O que se observa são os
mesmos discursos exaltados que versa sobre os direitos de alguém ou de
determinado grupo.
Minha
sugestão ao novo presidente eleito faz-se no sentido de que ele observe somente
o compromisso que ele tem consigo mesmo, compromisso este que fez questão de
partilhar com o povo que o elegeu. Quanto à preocupação em cometer erros, cito
o insuperável Hegel: “o medo de errar já pressupõe o próprio erro”. Que seja
fiel aos seus princípios e valores que nortearam sua vida legislativa e sua
campanha; o resto virá por acréscimo. Quanto àqueles que se dizem oposição,
fica aqui mais uma sugestão: “mantenha os amigos por perto, mas os inimigos
mais perto ainda”. Isso não quer dizer absolutamente em lhes dar qualquer cargo
ou dispensar confiança; mantenha-os sob o olhar e controle. E tem cuidado com
as velhas raposas que se dizem amigos e apoiadores; destes poderá vir o
inesperado. Tende cautela em receber sugestões para compor os ministérios,
afinal, um adágio popular me vem à mente: “dize-me com quem andas que eu te
direi quem és”.
Está dado o recado capitão, acho que não precisamos desenhar, precisamos?
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