quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Correção de rumos




Em um primeiro momento, reclamo vossa atenção para o fato de que nossos jovens, estudantes do ensino médio e do ensino superior, manifestam-se sempre, e de modo homogêneo, a favor das militâncias de esquerda, bem como de movimentos ditos “democráticos”, que declaram preservar liberdades e direitos. Importante frisar, no entanto, que tais manifestações mascaram verdadeiros interesses. Se questionados, os jovens, independente da região do país, do poder aquisitivo, da orientação religiosa ou cultural, responderão com os mesmos slogans, os mesmos chavões, os mesmos clichês. Coincidência? Evidente que não. O que temos são gerações jovens vitimadas por um protocolo de doutrinamento, que vem sendo colocado em prática desde a chegada da esquerda ao poder. O referido processo, observado pelo campo da psicologia, tem por desiderato o bloqueio cognitivo, o que popularmente é conhecido como “lavagem cerebral”, pois prima pela repetição constante dos princípios que norteiam as ideologias de esquerda, inclusive exercendo uma espécie de patrulhamento ideológico, sem olvidar a perseguição ostensiva aos opositores. Não obstante, este processo de doutrinamento não foi forjado nas Universidades, Faculdades ou Centros Universitários; eles advém do ensino médio, pois lá tiveram sua origem.

Historicamente, podemos identificar a fonte de semelhante “empreendimento”. Com a eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, em 1995, sociólogo e de orientação socialista, observou-se na LDB de 1996, a “sugestão” do retorno das disciplinas Sociologia e Filosofia ao currículo do ensino médio, disciplinas estas retiradas pelo governo militar. Pois bem, em 2008, já sob o governo de Luís Inácio da Silva, o artigo 36 da Lei nº 9.394/96 foi alterado, tornando, então, tais disciplinas obrigatórias. A lei nº 11.684/2008 é bem explícita. A chegada de Michel Temer à Presidência e a emissão da MP 746/2016 manifestaram claramente a intenção de mudar esta realidade. Todavia, com a celeuma criada pela Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência - SBPC, a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação - ANPED e o Movimento em Defesa do Ensino Médio - ABECS, a coisa culminou no Projeto de Lei de Conversão - PLC - nº 34/2016, a partir do qual as disciplinas Sociologia e Filosofia perdem o caráter de obrigatoriedade.

Em face do exposto, venho, através deste, instar junto às autoridades, bem como a seus auxiliares, urgência no sentido de criar lei e/ou dispositivo que impeça terminantemente o ensino da Filosofia e Sociologia no ensino médio, pois que, como busquei demonstrar acima, é a fonte de doutrinamento de nossos jovens. Além do mais, o tempo que seria utilizado para ministrar as citadas disciplinas, pode ser ocupado para se ministrar conteúdos de Português, Matemática, Física, Química, Biologia, etc., matérias que têm deixado muito a desejar no que tange ao desempenho de nossos alunos do ensino médio.

Em se tratando de Ensino Superior, sugiro a extinção dos cursos de graduação em Filosofia e Sociologia das Universidades. O ensino da Filosofia limitar-se-ia a alguns outros cursos e de maneira bem pontual, como por exemplo do curso de Direito, com a Filosofia do Direito, ou no curso de Educação, com a Filosofia da Educação. Mister observar que universidades famosas e consideradas as melhores do mundo - Harvard e Yale, por exemplo - têm apenas departamentos de Filosofia, pois que parecem ter confirmado a ausência de utilidade prática para a Filosofia. A Filosofia, portanto, é aplicada a diversas áreas específicas no intuito de potencializar conhecimentos; e só. O curso de Filosofia, em si, é ministrado unicamente em nível de pós-graduação. E aqui permito-me sugerir a leitura do artigo “Estudar filosofia para pensar melhor: um caso de publicidade falsa?”, de Neven Sesardic, publicado na revista “Quillette” em 01 de julho de 2017. No Brasil, o curso de graduação em Filosofia, além de criar falsa expectativa no alunado, porque os leva a pensar em arrumar emprego com facilidade e tornarem-se “filósofos” profissionais, serve somente para dar continuidade ao projeto de poder instaurado pela esquerda, e isso tem, evidentemente, um alto custo, porque vem financiando pesquisas que nada acrescentam. Entendo que a educação superior brasileira deve objetivar o crescimento e o reconhecimento científico no panorama mundial. Somente assim seremos respeitados como uma grande nação.         

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