Sim,
estou enviando projeto à ABL - Academia Brasileira de Letras - no sentido de
incorporar um novo verbete ao nosso idioma. Em verdade se trata de um verbo
defectível; talvez esteja mais para anômalo. Mas isso veremos mais tarde.
Trata-se do verbo LULEAR.
Etimologicamente tem sua origem em lula, molusco marinho da ordem dos
cefalópodes, ou seja, que tem os pés na cabeça. Por ilação deduzimos: ora, se
da cabeça brotam os pés, não sobra lugar para o cérebro. Então seria alguém ou
alguma coisa que pensa com os pés. Enfim: um andarilho anencéfalo.
Mas o verbo é bem parecido com viajar,
só que com algumas diferenças. Seriam elas: viajar com o dinheiro do
contribuinte, visitando outros países e, imerso numa total arrogância, falar um
monte de besteiras em nome de um povo que, por ser naturalmente imbecilizado, o
elegeu como representante.
Mas por que defectível? Porque seria
suscetível de enganos, ou seja, nem toda a “casta” política teria como
conjugá-lo de fato. Importante: conjugar de fato seria praticar a ação proposta
pelo verbo. Mas anômalo? Sim, pela sua irregularidade; poucos cidadãos poderiam
conjugá-lo. Eis a característica marcante do verbo LULEAR: a discriminação. Nem
todos nós podemos ou queremos LULEAR. Um verbo a ser conjugado pela banalidocracia
(um novo verbete a ser objeto de estudos e, quiçá, futuro projeto junto a ABL),
ou seja, o poder da banalidade, do recrudescimento, da desmesura.
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