segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Filosofia de fancaria



De início, podeis vos sentir atordoados, pois que a filosofia, ou seja, esse exercício no qual a razão debruça-se sobre si mesma, a lapidar-se, a burilar-se, a expurgar de si a cizânia imiscuída, venha revelar-se como trabalho pouco esmerado, algo tão frágil que sem tardança percebe-se a corrosão em seus fundamentos. Podeis, no entanto, perceber igualmente que tal filosofia não foi construída de modo apressado, o que não a torna menos vil e nociva, pois o que orientou o pensamento do pretenso filósofo foi a utilidade, a repercussão, os resultados práticos, resultados estes que tinham por objeto apenas justificar sua própria conduta imoral, antissocial, anticlerical, ociosa, ignominiosa e de acerba vaidade. Sua filosofia de fancaria contemplou e enalteceu o conceito de ideologia, esta farsa borboleteante pautada na tão conhecida sofística, e que apoia-se no discurso que busca justificar interesses, sejam estes particulares ou de grupos.

Outra característica desta torpe filosofia é um único método sobre o qual se constrói todo e qualquer argumento, pondo por baixo, inclusive, o princípio que deve orientar a Metodologia da Pesquisa, ou seja, para cada problema, um método específico. O que a puída filosofia faz é embutir todo e qualquer problema em seu único método, algo imposto e do qual jamais qualquer um de seus sequazes pode abdicar: o Materialismo Histórico-Dialético. É claro, eu falo na filosofia comunista, sim comunista, ou se muito marxista; socialista é apenas um arremedo, um eufemismo para se mascarar o espectro de Karl Marx, ou deveria chamá-lo Moses Mordecai Marx Levi? Este sujeito, péssimo filho, péssimo pai, um fracasso como chefe de família, de origem judia e burguesa, com familiares vinculados à nobreza, extremamente preguiçoso e, na verdade, o gigolô da esposa que morreu à míngua, tanto quanto a maioria dos filhos, fez-se filósofo e viveu às custas de Engels.

O pensamento do pária envolvia, dentre outras coisas: o execrar da religião, pois que sua aversão pela fé advinha do desprezo que seus confrades religiosos, e não sem razão, nutriam por ele; a extinção dos laços familiares, haja vista o ódio que ele nutria por sua família que se lhe negava qualquer ajuda, pois que sua fama de esbanjador e perdulário transcendia os domínios familiares; reivindicar o direito a tudo conseguir sem trabalho, até porque nunca exerceu qualquer atividade produtiva para seu sustento ou da família. Para isto construiu uma filosofia espúria, tendo como base o trabalhador, o homem humilde que facilmente tornou-se objeto de manipulação do canalha. Com isso, todo e qualquer preguiçoso, oportunista, vagabundo, carente de talento e mau-caráter, quando incomodado, declara-se marxista, ou comunista, ou socialista.

O pensamento filosófico - se é que tal pensamento teratóide deva ser considerado filosofia - na intenção de fazer proselitismo, busca, de início, identificar minorias e as vitimizar. Ora, seres humanos, normalmente tão deficientes e de uma carência inescrupulosa, com facilidade permitem-se conduzir. É esta filosofia que melhor faz uso do conceito de rebanho aplicado aos seres humanos. Os adeptos e vítimas desta monstruosidade dizem-se esquerda; por se dizerem esquerda, julgam-se superiores moral e intelectualmente, e ipso facto, não buscam ler, não se informam, apenas repetem ipsis litteris todos os jargões criados para cada vez mais emburrecer, imbecilizar e manipular o povo. Dentre este existem aqueles que dizem-se intelectualizados, educados, “antenados”, mas, em se analisando um pouco mais, perceber-se-á que apenas tentam mascarar algum “pecadilho” inconfessado.

A partir desta filosofia de araque, que de certa forma conquistou corações e mentes em torno do mundo, outros epifenômenos se sucederam, ou melhor, o câncer deu origem às metástases. São os pensamentos dos que fizeram parte da Escola de Frankfurt, bem como o de Sartre, o de Antônio Gramsci, Vygotsky, Habermas, Sloterdjik, Althusser, Foucault, Deleuze, Guatari e tantos outros fiéis escudeiros, como Paulo Freire no Brasil. O que temos, afinal? Uma filosofia que apenas finge ocupar-se em resolver problemas sociais - até porque não é atribuição da filosofia resolver qualquer problema - e para consumar tal intento, apela não para a razão, mas para as emoções, para o patético, para o piegas. Em suma, uma filosofia que enaltece o fracasso e avilta o mérito. Resumindo: uma obra de fancaria!

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