De
fato, não estamos mais no século XVIII, se bem que o cenário francês de então
ressurge-nos de modo ofensivo. À modernidade sucedeu algo ainda mais
ultrajante: a pós-modernidade, e esta com a justificativa de corrigir os
“erros” daquela. Nosso restaurado e suscitado personagem, Donatien Alphonse
Françoise de Sade, pode hoje exibir várias alcunhas: Queermuseu, por exemplo, e
isto porque a dita exposição nada mais faz do que manifestar todas as
características da obra do famoso marques. Vejamos! O Queermuseu, com seu
subtítulo pomposo, “Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, traz
temáticas LGBT, questões de gênero, diversidade sexual e pedofilia. Mas o que
subjaz em todo o projeto são ideias eminentemente materialistas. Podeis perceber
que o leit motiv que orienta referido
pensamento desafia a concepção de mundo proposta não só pela religião, mas
também pela racionalidade. Sem qualquer contestação, podemos afirmar que o pensamento
é ateu e a proposta é nada vaga, pois carrega a pretensão de oficializar a
libertinagem. Exposições como a do Queermuseu, apesar de todo o discurso em
defesa da arte e da liberdade de expressão, faz uso do grotesco para tecer
críticas à sociedade.
Atentai
para um detalhe: a dita preocupação de pôr em pauta uma discussão visando
tratar da temática da diversidade sexual e respeito pelas múltiplas
orientações, nada mais é do que uma tentativa de aniquilar com a moralidade. Os
valores colocados em cheque são aqueles adotados pelas relações familiares
tradicionais e que tanto incomodam a grande parte da sociedade autodeclarada de
esquerda. A “casta” de intelectuais e artistas, do alto de sua soberba, não
consegue perceber que, através de sofismas, foi aliciada, cooptada e desempenha
de modo inconsciente, o papel do rebanho que vem realizando a hegemonia cultural
de Antônio Gramsci. Aos incautos, que ainda não se depararam com a obra de
Sade, recomendo a leitura de “120 dias de Sodoma”, onde estão descritas cenas bizarras
com o abuso de crianças, bem como uma aberrante panssexualidade.
Todavia,
voltemos nosso olhar a uma segunda alcunha de Sade: a Ideologia de Gênero. Parece
que estamos às voltas com um processo lento e protocolar, pois, de início
lembramo-nos das primeiras paradas gays. Depois surgiu o lobby. Por que?
Afinal, depois da aceitação da sociedade e, inclusive o amparo das leis, por
que exercer tal pressão? Michel Foucault dizia que a normalidade era algo
imposto pela sociedade dominante e seus respectivos valores. Ora, parece-me
que, apesar de se respaldarem no pensamento de Foucault, querem criar uma nova
normalidade para igualmente impô-la. Mas a coisa vai bem mais longe: além do
psicologismo exorbitado, defendido pelos sequazes freudianos, que usam a
sexualidade como um reducionismo irresponsável, soma-se o sociologismo
messiânico, que carrega a pretensão de tudo equacionar. E, como pedra de toque,
percebe-se o ranço da filosofia comunista que revela empenho por destruir
qualquer resquício de moralidade.
Outrossim,
acredito que por se tratar de uma ideologia, isto é, um conjunto de ideias,
pensamentos, doutrinas que pretendem justificar o interesse e ações de um
indivíduo ou grupo, estas colocam-se até mesmo contra ciências naturais como
biologia e genética, ou seja, contra o pensamento racional. O grande problema
que identifico em qualquer ideologia é justamente na sua base de sustentação,
pois que amiúde constroem seus argumentos sobre os pilares da retórica, da
sofística, o que nos leva a também entender ideologia como instrumento de
dominação, que faz uso da persuasão, tendo como objetivo alienar a consciência
humana.
A
ideologia de gênero declara que gêneros são simplesmente construções sociais;
que não existe apenas o masculino e o feminino, mas um espectro a ser escolhido
pelo indivíduo. A ideologia de gênero vem representar o conceito que sustenta a
identidade de gênero. Ora, gênero é nada mais que o sexo. Todavia, sustenta a
referida ideologia, que o fato de uma pessoa nascer com determinados órgãos
sexuais, não faz com que este se identifique com o gênero que exibe tais órgãos.
Masculino e feminino, portanto, seriam produto histórico-cultural desenvolvido
pela sociedade.
Aqui,
se permitis, sinto-me na obrigação de fazer alguns comentários: Gêneros, os
sexos em si, não são construções sociais, pois a sociedade, por mais organizada
e desenvolvida que seja, não anda por aí implantando pênis ou vagina em nenhum
de seus cidadãos. O que se pode entender é que, a partir da diferenciação
sexual, fenômeno da alçada da biologia ou genética, a sociedade cria
estereótipos para lidar com tais gêneros. Quanto à identidade de gênero, de
modo histórico-cultural, a sociedade vê no macho aquele que tem por obrigação
possuir força física, trabalhar para sustentar a família, etc., bem como vê na
fêmea alguém de compleição frágil, que tem por destino ser mãe, recatada, etc.
Todavia, as pessoas tem o direito, segundo suas próprias convicções - liberdade
- em atenderem ou não o papel que a sociedade lhes destinou. Importante frisar que
a sociedade também criou estereótipos para a beleza, para a honestidade, para a
saúde, para a felicidade, etc.
A
parte mais repulsiva da proposta, contudo, parece-me, antes de mais nada,
incoerente e contraditória. Explico-me: os meios de comunicação, bem como as
instituições - Conselhos Tutelares, por exemplo - demonstram enorme preocupação
com as crianças, sua formação, proteção, educação, etc. Ora, fica difícil,
senão impossível, entender este insano empenho em despertar precocemente o
interesse sexual nas crianças. Atentemos para as estruturas cognitivas de
Piaget, pois o interesse pelo conhecimento vai surgir em momento oportuno.
Abandonemos, portanto, a psicologia cultural-histórica de Vygotsky, pois que na
primeira infância as “interações sociais” certamente servirão de manipulação
comportamental, de alienação, senão de aliciamento.
Quanto
à orientação sexual, devo dizer que entendo orientação como impulso, como
direção. Acontece que, paralelamente a isso temos a liberdade, a racionalidade,
e que se atendermos simplesmente a impulsos, estaremos decretando o fim de
qualquer sociedade. Não nego que os impulsos existam e ferreteiem nossas vidas,
mas isso não nos torna presas dos mesmos. De fato há o impulso, mas ceder ao
impulso é uma opção deliberada. Com isso, retomo minha contundente argumentação
de que a teoria que procura dar sustentação à Ideologia de Gênero é, por sua vez,
calcada em retórica falaciosa. O que está por trás desta construção nociva é
simplesmente a desconstrução e, por conseguinte, a destruição do conceito de
família.
Desde
meados do século passado percebemos o lento discorrer de um processo modelador:
o sexo livre, o uso de anticonceptivos, de preservativos, o que culminou com a
banalização do ato sexual e, dessarte, com a banalização do amor. As paradas
gays eclodiram em todo o globo; alguns países já legalizaram o aborto, em outros
o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil temos, além do lobby, a
tentativa de oficializar o aborto e de implantar, via legal, a Ideologia de Gênero.
Percebei, a cada passo o que está em cheque é a estrutura familiar, é a
banalização das relações, a estiolação dos valores. Então, pergunto-me: qual
será o próximo passo? A legalização do incesto, baseada na retórica fastidiosa de
que se trata de um mito? Quando alguma outra exposição de arte ou projeto de lei
tentará nos enfiar goela abaixo a normalidade e moralidade do incesto? Certos
estamos, via ciência, que tal relação intensifica exponencialmente a
probabilidade de anomalias genéticas, porque aumenta o grau de homozigose das
raças. E já que expostos à depravação de Íncubos e Súcubos pós-modernos, quem
sabe, amanhã ou depois, em presença de uma ilimitada perversão, não observaríamos
a tentativa desvairada de justificar o “apimentar” das relações através de uma coprofagia?
Tal recurso não se mostrando suficiente, algo nos leva a crer que o desfecho
seria apelar para a instância da zoofilia.
Neste
momento vós me inquiris: Qual seria o objetivo? Com certa tristeza, recordo-me das
palavras proféticas do poeta Cazuza: “... transformar um país inteiro num
puteiro.” Envidemos esforços, portanto, no sentido de não permitir que o Estado
se torne um imenso lupanar, onde crianças e jovens sejam conduzidas à condição
de barregãs informais. A perversão psicológica, o messianismo sociológico e a
filosofia comunista devem ser obstaculizadas. Trata-se de teoria espúria, de preceito
insidioso, de uma ideologia que visa animalizar e manipular o ser humano
através de sua ruína moral e ausência de valores. Ao revisitar o Marques de
Sade, muito embora em presença do mundo hodierno, sinto falta de apenas dois
detalhes: a Bastilha e a guilhotina!
Jamais se fará inclusão através de imposição, é necessário educação para a sua aceitação, seja pela dominante minoria ou pela esmagadora maioria.
ResponderExcluirTodo o resto, é mera hipocrisia social.
O preconceito não reside nas leis de uma nação, mas na sociedade que a compõe.