Pergunto-me por um início,
uma origem, um princípio que me determine, e não só como espécie, mas também
como indivíduo. Reviro a história, debruço-me sobre tratados de antropologia,
de biologia, de zoologia. Permito-me um mergulhar no inconsciente, no
consciente, no transcendente. Pesquiso a evolução, a involução, o
pertencimento. Observo a corrupção, a degeneração, a morte. Volto-me aos
paradigmas associados aos seres humanos: racionalidade, sociabilidade, egoísmo,
altruísmo... Que nada! E só depois de muito penar percebo que meu manancial
acaba por criar essa orgia no tempo. Há, sou, fui, simplesmente. Ontem eu ainda
serei; amanhã fui o que sou: natureza!
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