Notícia
interessante, senão alarmante. Senti-me alarmado não pela notícia, mas pelo
conteúdo da mesma. Nesta, pude inteirar-me de que a Ministra Rosa Weber,
presidente do TSE, acionou a corregedoria da instituição para investigar e,
consequentemente, coibir eventuais excessos no exercício de poder de polícia
eleitoral no que tange às universidades. A eminente Procuradora da República,
Sra. Raquel Dodge, por sua vez, dispôs-se a apresentar ação no STF, objetivando
assegurar a liberdade de manifestação nas universidades federais. O Ministro
Marco Aurélio Mello declarou repudiar qualquer ação que se coloque contra a
autonomia das universidades, pois que elas, as universidades, proporcionam a
“liberdade no pensar e expressar ideias”. A OAB, do alto de seu púlpito,
afirmou que qualquer manifestação livre, não alinhada a candidatos e partidos,
não pode ser confundida com propaganda eleitoral.
Curioso
é que, por unanimidade, as autoridades pautam-se inexoravelmente na
Constituição. Perfeito! Sabe-se, inclusive, que O STF defende autonomia e a
independência das universidades brasileiras, baluartes que são do livre
exercício do pensar e da manifestação pacífica. Bem, já que se fala tanto em
liberdade, gostaria que uma das senhoras ou senhores aqui citados dirimissem
minha primeira dúvida: qual o limite da liberdade? As leis, que Vossas
Excelências declarais defender, têm por objetivo colocar limites à liberdade.
Ou estarei equivocado? Outrossim, liberdade implica responsabilidade. Uma
segunda dúvida se me torna incômoda. Já que se fala tanto em Constituição, por
favor digam-me: qual o artigo, parágrafo ou inciso da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988, que permite, em nome da tão alardeada liberdade,
pessoas fazerem uso de disciplinas das ciências sociais para doutrinar nossos
jovens? Ora, por favor, deixemos de lado nossa faceta cínica! O que se faz nas
universidades é nada mais que doutrina, na qual se segue à risca a matriz
populista da esquerda em consonância com a hegemonia cultural da teoria de
Gramsci. Enfim, o que temos é simplesmente marxismo cultural. No entanto, a
eminente Ministra Carmem Lúcia decidiu proibir qualquer intervenção da polícia
em universidades públicas, e tudo em nome da liberdade.
A
propósito, acerca da alarmante notícia, o próprio jornal traz estampado uma
bandeira, ou um cartaz imenso conduzido pelos estudantes de direito da
Universidade Federal Fluminense. Neste, de cor alaranjada, o mote
“Antifascista”. Mais uma vez, insto para que deixemos de lado nosso viés
responsável pelo cinismo, para reconhecermos que sabemos do que e de quem se
trata. Nada obstante, cito os artigos 37 e 73 da Lei Eleitoral. Comecemos pelo
Art. 37. “É proibido a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive
pichação, inscrição a tinta e exposição
de placas, faixas, cavaletes,
bonecos e assemelhados nos bens públicos”.
O grifo é meu! Art. 73. “É proibido ceder ou usar, em benefício de candidato, partido
político ou coligação, bens
móveis ou imóveis públicos, com
exceção de convenções partidárias”. O grifo também é meu.
Cinismo das instituições, principalmente as ligadas a justiça, todos sabemos quem querem atingir. Primeiro criam rótulos que se propaga por toda a midia, inclusive internacional, depois dissimulam, não é contra #ELENAO.
ResponderExcluir